Segredos do amor romance Capítulo 108

Ao ter esse pensamento, Victoria bufou e o encarou friamente: “Vá procurar sua querida Claudia para satisfazer suas necessidades.”

Os olhos de Arthur ficaram sérios, enquanto cerrava os dentes: “Só quero você, e mais ninguém.”

Após falar, se inclinou para buscar seus lábios novamente, mas em vez disso, levou um tapa.

“Vá! Vá procurar sua querida Claudia. Não me toque. Apenas vá!” Victoria estava tremendo de raiva, pois ele ainda queria continuar após ser esbofeteado.

No entanto, Arthur segurou seu pulso e elevou a voz enquanto perguntava: “Agora está com raiva? Seu recente papel de esposa obediente foi tão bem interpretado. Por que não continua com isso?”

Victoria sabia que o homem a queria para se satisfazer, por isso estava agindo de forma completamente irracional. Sentia-se ainda mais relutante em responder a ele, e apenas lutava com mais força.

Ver Victoria agindo assim fez com que Arthur sentisse raiva, mas também compaixão. No entanto, lembrando do que Nicolas e sua avó haviam dito, apertou um pouco mais o pulso dela: “Você disse aquilo por vontade própria naquela época, então por que está com raiva? Floquinho, do que está com raiva?”

Seus olhos estavam fixos nela quando fez a pergunta, como se quisesse ter certeza de algo: “Está com raiva de eu ter dito que estar com você era apenas para satisfazer meus desejos físicos, ou está com raiva de eu ter encontrado com a Claudia?”

Victoria, que estava lutando, de repente entendeu após ouvi-lo. Se antes não sabia por que ele estava agindo dessa forma de repente, agora sabia. Estava tentando testá-la.

“O que você realmente quer dizer?” A jovem olhou para o rosto bonito dele e riu de leve. Ela tinha que admitir que seu visual se encaixava com seu gosto, mesmo agora, ainda o achava atraente. Antes sentia uma forte atração por ele no passado, mas isso não significava que lhe daria tudo sem limitações.

Seus lábios se moveram brevemente, mas Arthur não falou. No entanto, estava claro o que queria dizer. Haviam sido namorados de infância por tanto tempo, então se conheciam muito bem e levavam um ao outro a sério. Porém, era apenas por causa disso que algumas perguntas não podiam ser feitas, como quando se tratava de gostar e se preocupar com alguém.

Uma vez que essas perguntas fossem feitas e uma certa fronteira fosse cruzada, seu relacionamento nunca mais seria o mesmo. Era uma coisa que tornaria menos puro, mas era completamente diferente se deteriorasse. O que era mais desconfortável do que uma pessoa tratando a outra como amiga, enquanto a outra estava apaixonada? Eles talvez não conseguissem continuar sendo amigos. Por isso, Arthur precisava fazer essa pergunta em um tom controlado e contido.

No entanto, Victoria não era como ele, e sabia o que queria perguntar por conhece-lo há muito tempo, então sorriu e respondeu friamente: “Acha que tenho sentimentos por você?”

O coração do rapaz apertou, pois não esperava que mencionasse isso de forma tão direta: “Você...”

“Não se preocupe.” Ela o olhou e continuou com indiferença: “Não tenho o menor interesse em você.”

Quando Arthur não respondeu, ela continuou: “Eu disse que era para satisfazer nossas necessidades físicas, mas isso estava condicionado a você não se envolver em outros relacionamentos. Agora é diferente. Você já tem Claudia, então por que eu precisaria recorrer a você para lidar com minhas necessidades? Pareço tão fácil para você?”

Suas palavras eram leves, mas o atingiram em cheio. Seu olhar havia mudado enquanto a encarava e rosnou: “Com quem você vai procurar, então? Nathan ou Bruno?”

Ela não sabia o que responder.

“Bruno te levou para casa na noite da festa de despedida, não é?”

Victoria franziu a testa com surpresa. Como ele sabe disso? A jovem havia assumido que a atenção do rapaz estava inteiramente voltada para Claudia.

“Você saiu com ele ontem também.”

Não precisa? Isso significa que ele não mandou alguém me seguir?

Ele não tinha demonstrado grande preocupação pelo bebê e nem sequer perguntou sobre isso, o que não faz sentido. E se...

Enquanto Victoria ponderava isso, a respiração fria de Arthur se aproximou e interrompeu seus pensamentos. Viu seu rosto furioso se aproximar enquanto reunia seus pensamentos.

“Claro, você pode, mas você não acha que é muita coincidência? Além disso, é Bruno de quem você gosta? Ele a abraçou naquela noite.”

Ao mencionar isso, a cabeça de Victoria começou a doer.

“Podemos não falar sobre isso agora? Não gosto de ninguém, está bem?” Ela não conseguiu evitar bocejar: “Estou cansada, então por que não dormimos primeiro? Podemos conversar amanhã, se houver algo.”

Seu foco principal era levar Griselda para uma consulta no dia seguinte, então não queria se preocupar com mais nada.

Arthur ficou surpreso, provavelmente não esperava que ela estivesse tão despreocupada com um assunto tão sério e até quisesse ir dormir. Como ela pode dormir?

Enquanto ele ficava em silêncio, a jovem acrescentou: “Se você não está cansado, eu estou, então vou dormir.”

Victoria retirou a mão e puxou o cobertor para se deitar com cuidado, só se sentiu aliviada quando o viu parado lá, estático, e não se aproximava.

Os dois permaneceram em silêncio no quarto. Victoria achou que ele sairia se o ignorasse, mas continuou de pé lá, a olhando por algum motivo. Ela mordeu o lábio. Será que ele está planejando ficar lá pelo resto da noite? Está louco? Não faz mal. Agora estou grávida e preciso descansar o suficiente para não ficar tão louca quanto ele.

Após tomar sua decisão, Victoria virou as costas, e logo adormeceu.