O corpo esguio de Victoria bateu com força na porta de vidro.
Os olhos dos funcionários se arregalaram de choque ao ver aquilo. Eles se apressaram em se aproximar.
“Está tudo bem?”, perguntou o funcionário.
Ao telefone, Suelen também ouviu o barulho: “O que aconteceu? O que é isso? Victoria, você está bem?”
Victoria franzia a testa devido à dor lancinante que irradiava de seu ombro.
Quando o funcionário a ajudou a se levantar, sua primeira reação foi acariciar instintivamente o estômago para garantir que seu bebê estivesse bem.
Quando finalmente se certificou de que a única dor em seu corpo vinha do ombro, suspirou aliviada.
Ela então olhou para a pessoa que tinha batido nela.
Quem era? Por que estava entrando de maneira tão descuidada em uma loja?
Além disso, passou um bom tempo depois do esbarrão. Por que ainda não pediu desculpas?
O rosto que ela viu era estranhamente familiar.
Levou alguns segundos até que conseguisse recordar o nome do homem em seu subconsciente.
“Christopher Drevel?”
“O quê?” Suelen ficou confusa com o nome que Victoria pronunciou: “Por que esse nome soa familiar? Como você está? Está tudo bem?”
Até Christopher ficou chocado ao ouvir seu nome nos lábios vermelhos de Victoria.
Ele não esperava que uma jovem bela e mimada o reconhecesse após todos esses anos. Ela até se lembrava de seu sobrenome.
Afinal, para as mulheres da alta sociedade, a existência de arruaceiros como ele era como a de formigas.
“Falarei com você mais tarde. Tenho que lidar com isso”, disse Victoria a Suelen.
Ela não desligou, no entanto. Suelen ficou espertamente em silêncio para ouvir o que aconteceria em seguida.
“Por que você está aqui?” Victoria perguntou a Christopher enquanto segurava o ombro dolorido. Parecia ter esquecido que ele tinha batido nela com força.
Isso não era o que ele esperava.
Elaine havia dito para ele segurar a situação por enquanto.
No entanto, era impossível para ele esperar mais um segundo toda vez que se lembrava de como Victoria havia ferido sua amada tão gravemente que o lindo rosto de Claudia ficaria marcado. Ele não podia atacar Victoria, mas isso não significava que não pudesse provoca-la.
Afinal, ela não sairia machucada por ter sido empurrada. Só precisava dizer que foi um acidente, e ninguém poderia fazer nada contra ele.
Christopher não havia antecipado a resposta dela.
Isso o fez entrar em pânico.
Levou um tempo considerável antes de ele finalmente responder em tom feroz: “Estou aqui para comprar um bolo.”
“Oh”, assentiu a jovem, sorrindo: “Você trabalha por aqui? É novo na área? Não me lembro de tê-lo visto por aqui antes.”
Ele ficou sem palavras com isso.
Depois de mais alguns momentos de silêncio, ele perguntou: “Você não está com raiva de eu ter batido em você agora há pouco?”
Foi só então que a moça se lembrou de que havia sido empurrada contra a porta de vidro. Seu ombro ainda doía, e ele não havia se desculpado por isso ainda.
No entanto, ela não esperava que o culpado fosse alguém que conhecesse.
Ao pensar nisso, respondeu: “Está tudo bem. Deve ter sido um acidente.”
Um olhar de raiva ameaçadora passou pelos olhos do Christopher.
Simplesmente deduziu que foi um acidente? É ingênua ou estúpid*?
Ainda assim, a resposta dela o deixou perplexo. Afinal, ele estava ali para dar uma lição nela.
Todas as vezes que encontrou colegas de escola ao longo dos anos, ou eles não o reconheciam ou o desprezavam. Ninguém o reconhecia instantaneamente, como Victoria fez. Ela nem sequer ficou com raiva dele por tê-la atingido.
Esse pensamento o incomodou e ao mesmo tempo o encheu de curiosidade.
“Como você me reconheceu?” Seus lábios se curvaram com deboche: “Mulheres ricas como você detestam pessoas problemáticas como eu, certo? Eu era um estudante problemático na escola e nem sou uma pessoa produtiva para sociedade agora.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...