Segredos do amor romance Capítulo 298

Victoria estendeu a mão para pegar o aparelho, mas recuou ao saber que o telefone estava no bolso da calça. “Você não pode pegá-lo?”

“Não posso tirar as mãos do volante.”

Embora ela quisesse que Arthur pegasse o telefone para colocar no modo silencioso, ela previu que ele usaria as regras de trânsito para rejeitar a sua sugestão. Portanto, decidiu permanecer em silêncio. Vou aguentar até chegarmos à empresa. Devemos chegar lá em breve.

Enquanto pensava, notou o telefone dele tocar novamente, levando-a a perder a paciência que lhe restava. Sem mais delongas, ela se inclinou e enfiou a mão no bolso da calça dele. No entanto, ela congelou ao ver o identificador de chamadas.

Arthur presumiu que ela não soubesse colocar o aparelho no modo silencioso. “Aperte o botão lateral na direção oposta. Ele mudará para o modo silencioso.”

Sua voz a trouxe de volta à realidade e, rapidamente, ela silenciou o telefone de acordo com as suas instruções. Depois, ela se recostou no assento e olhou pela janela com uma expressão fria.

Ele percebeu que algo estava errado, mas não ligou, pois ela sempre foi resistente com ele.

Quando finalmente chegaram à empresa, Victoria saiu do carro e disse: “As chaves.”

Arthur a encarou e verificou que a atitude dela havia piorado, pois parecia mais fria do que antes. O que há de errado com ela? Parecia tão bem quando estávamos no carro. “Fiz algo que a ofendeu?”

“Não é nada! Como você poderia me ofender? Obrigada pela carona, mas o carro é meu. Então, pegue um táxi ou chame o seu motorista para voltar.”

Ele fez uma cara feia diante do seu tom hostil. E, quando ele estava prestes a dizer algo, Victoria recuou para ficar longe dele. “Tenho muitas coisas para resolver na empresa. Preciso ir.”

Com isso, ela saiu sem olhar para trás, deixando Arthur entristecido e sem rumo.

Nesse momento, o seu telefone vibrou no bolso. Ele atendeu sem sequer olhar para a tela. Victoria tinha o dom de tirá-lo do prumo. E, nesse momento, ele estava totalmente impaciente. “O que é?”

Houve um breve silêncio do outro lado da linha e, depois, uma voz gentil soou: “Querido, sou eu.”

Arthur ficou surpreso com a voz familiar. “Claudia?”

“Sim! Você parece um pouco zangado. Aconteceu alguma coisa desagradável? Liguei mais cedo, mas você não atendeu.”

Ele ficou ouvindo até o fim. “O que você disse? Foi você quem ligou sem parar há pouco?”

“Sim! Liguei algumas vezes, mas você não atendeu. Fiquei preocupada, por isso, insisti. Você está bravo comigo? Sinto muito! Só fiquei preocupada.”

Arthur rapidamente descobriu por que Victoria ficou quieta quando estava com o telefone dele e, depois, mudou de comportamento. Embora ela sempre tivesse sido ríspida com ele, o telefonema de Claudia deve ter colocado mais lenha na fogueira. Refletindo sobre essa possibilidade, ele advertiu a moça de modo gélido e direto: “Abstenha-se de fazer ligações consecutivas.”

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