Os lábios deles estavam perigosamente próximos, tão próximos que se tocariam ao mais leve movimento.
Tal proximidade era muito perigosa.
Ela colocou a mão entre eles e encolheu seu pescoço ligeiramente para trás para criar alguma distância entre si, mas, para sua surpresa, Arthur se inclinou e a beijou assim que ela se moveu.
“Hum!”
No momento em que seus lábios se encontraram, Arthur sentiu como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo, fazendo seus membros formigarem com intensidade.
A suavidade que sentiu contra aqueles lábios o fez segurar a cintura delgada da mulher. Quando aprofundou o beijo, sua respiração ficou mais pesada.
Victoria continuou empurrando contra seu peito para afastá-lo. “Me solta!”
Agora que Arthur tinha enfim beijado a mulher pela qual ansiava dia e noite, não havia como deixá-la ir assim. Não só se recusou, como também desejou que pudesse devorá-la ali mesmo.
Isso até Victoria mordê-lo.
A força que ela usou fez o homem estremecer de dor e recuar.
Ambos sentiram gosto de sangue, e quando Arthur se afastou, o líquido vermelho escorreu do canto de sua boca.
Paft!
Victoria deu um tapa em seu rosto quando ele se afastou.
Arthur não se esquivou, mas seu belo rosto virou para o outro lado pela pura força do tapa.
“Seu nojento sem-vergonha.”
Após repreendê-lo, Victoria deu-lhe as costas e saiu sem olhar para trás. Ao se afastar, ouviu a voz de Arthur ecoar atrás de si.
“Eu falei sério.”
Victoria riu com desdém um pouco ao ouvir essas palavras. “É? E daí? Devo acreditar em você?”
Ela então saiu depressa sem poupar-lhe outro olhar.
Arthur continuou onde estava, em silêncio, e estendeu a mão para tocar o local onde ela o havia mordido.
Doía, mas o gosto do beijo dela era tão doce e bom.
A mistura de dor e doçura era viciante.
Ele fechou os olhos e soltou um suspiro baixinho.
…
Depois de voltar ao escritório, Victoria foi ao banheiro lavar o rosto e enxaguar a boca. Ela só conseguiu se acalmar quando fez gargarejo várias vezes e jogou água fria no rosto algumas vezes.
Olhando para seu reflexo no espelho, ela se lembrou sem parar, Não posso deixar que ele me atraia.
Ele era alguém de quem uma vez gostou, e o fato de que poderia voltar a se apaixonar por ele significava que ele tinha qualidades que a atraíam.
Agora que ele apareceu diante dela de novo e disse aquelas coisas, tinha que ser cautelosa para não se deixar levar como costumava fazer no passado.
Depois de dar a si mesma uma bronca e de preparar-se mentalmente, seu olhar ficou sério mais uma vez. Ela enxugou a umidade restante em seu rosto com um lenço de papel e saiu do banheiro.
Toc. Toc.
“Entre.”
Henry entrou com alguns documentos nas mãos. Ao ver Victoria enxugando o rosto, perguntou: “Há algo errado? Por que seu rosto está molhado?”
Victoria sabia que Henry era um amante de fofocas. Depois de pensar um pouco, em vez de responder ao questionamento, optou por perguntar por que ele estava ali.
“Ah, eu trouxe estes documentos.”
“Deixe-os na mesa, por favor. Vou vê-los mais tarde.” Victoria estava emocionalmente cansada e não tinha intenção de olhar aqueles papéis no momento. Ela não tinha mais nada a dizer, mas viu Henry ainda de pé no mesmo lugar. “Mais alguma coisa?”, perguntou ela erguendo o olhar para o homem.
Com isso, Henry ergueu uma sobrancelha e avançou para colocar os documentos na mesa. “Não, mas e você, Sra. Selwyn? Ouvi dizer que o Sr. Cadogan veio te procurar.”
“Quem te falou?”
Ele não estava aqui, como é que sabia disso?
“Um jovem veio correndo e me disse que você estava com problemas. Ele disse para eu te ajudar. Como acha que eu sabia?”
“Aaah, vejo que não gosta muito de mim. Está bem, vou voltar ao trabalho.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...