“Seus traços?” Victoria desdenhou de suas palavras. “Quais são os traços deles? Como poderiam ser seus filhos? Você é um convencido.”
Arthur não se importou com a frustração dela. Afinal, como passou os últimos cinco anos criando as crianças sozinha, ela tinha todo o direito de ficar zangada com ele.
Então, manteve o tom de voz calmo e gentil. “Sou convencido? Está bem, então, quem é o pai deles, se não sou eu?”
“Não é da sua conta.”
“Você não quer me dizer por que não é da minha conta, ou por que não quer me dizer a verdade? Talvez não queira admitir para mim que as crianças são minhas.”
Furiosa, Victoria insistiu: “Eles não são seus filhos.”
“Tudo bem, está tudo bem se não quiser admitir. Podemos fazer um teste de DNA.”
Assim que Arthur viu aquelas duas crianças adoráveis, as reconheceu como sangue de seu sangue quase que de imediato.
O homem nunca pensou em fazer um teste porque não precisava.
Ele sentiu um tipo diferente de conexão quando se aproximou das duas crianças. Era uma proximidade e afeto que iam além de traços físicos.
Mas se Victoria se recusasse a reconhecer a verdade, não se importaria de fazer um.
Quando ele mencionou o teste de DNA, a mulher enfim recuperou a compostura e encarou-o. “Nos divorciamos há cinco anos. Não há nada entre nós, então meus filhos não têm relação nenhuma com você. Você não tem o direito de fazer teste de DNA nenhum.”
“Você não mencionou que estava grávida quando nos divorciamos. Acha mesmo que as crianças não são minhas?”
Victoria ficou surpresa ao ouvi-lo.
Era verdade que Arthur não sabia que ela estava grávida quando se divorciaram, pois teve que manter sua gravidez em segredo porque ele não queria filhos.
Olhando para ela parada ali, em silêncio, mas com uma expressão azeda no rosto, Arthur suspirou e se aproximou.
“Não me afaste assim. Só quero cumprir as minhas responsabilidades como pai e cuidar deles.”
“É sobre cumprir suas responsabilidades, ou está tentando tirar as crianças de mim? Onde estava quando lutei para criá-las sozinha? Antes você não falava em ‘cumprir suas responsabilidades’, né? Agora que eles têm cinco anos, de repente quer cumprir seu papel de pai?”
Ao dizer isso, ela deu um passo para trás e riu com desdém. “Acha que vai ganhar dois filhos depois de não ter feito nada? Não existe almoço grátis, Sr. Cadogan.”
Arthur não podia discutir com ela sobre esse ponto.
Durante os últimos cinco anos, Arthur de fato não cumpriu nenhuma responsabilidade como pai. Victoria teve de criar as duas crianças sozinha, talvez não pudesse haver espaço para o perdão. Não havia dúvida de que tinha sido difícil para ela.
Arthur não conseguia nem imaginar como ela conseguiu aceitar ao longo dos cinco anos.
A ideia o fez sentir-se culpado.
“Eu estava errado no passado, mas vou compensá-la. Eu...”
“Eu pedi que compensasse alguma coisa?”, interrompeu-o. “Não preciso. Só espero que não perturbe mais a nossa vida.”
Ao concluir, a mulher deu-lhe as costas para ir embora.
“Receio que não seja possível.”
As palavras de Arthur fizeram com que ela parasse.
“O que quer dizer com isso?”
“Eles são meus filhos e quero que saibam que sou o pai deles.”
Victoria virou-se devagar e ficou boquiaberta, sem acreditar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...