Arthur apertou o botão do elevador. Estava vazio, então ele a levou para dentro.
“Você é um livro aberto.”
Victoria comprimiu os lábios e ficou em silêncio, mas tocou o rosto sem perceber. Sou um livro aberto? Quando me tornei tão expressiva?
Agora que já estavam dentro do elevador, Victoria tentou soltar-se, mas Arthur a segurou com força.
“Arthur, larga.”
O homem sorriu em resposta.
“Como Nicole e Gael saberão que viemos buscá-los juntos se eu te soltar?”
“Vai soltar ou não?”
Arthur a ignorou, fazendo-se de desentendido.
Victoria continuou arrancar a mão, mas ao ver que ele ainda se recusava a soltá-la, ficou irritada e mordeu seu braço.
A princípio, Arthur não tinha intenção de soltá-la, não importava o quanto ela lutasse. Não planejava soltar a mão que segurava com tanta habilidade. Afinal, ela era mais fraca. No entanto, não imaginou que o morderia de repente.
Victoria não estava brincando quando o mordeu. Seus dentes afundaram em sua carne. Arthur sentiu uma onda de dor no pulso, fazendo-o grunhir e afrouxar um pouco o aperto. Aproveitando-se disso, Victoria tirou sua mão da dele e deu alguns passos para trás, mantendo distância entre os dois.
Quando ela recuou, Arthur franziu a testa e olhou-a. Ele notou um pouco de sangue manchando seus lábios e ficou atordoado. Depois de um momento, ele baixou a cabeça e olhou para o próprio braço, que de fato havia sido machucado. Então o carmesim em seus lábios era o sangue dele…
A mancha de sangue tornou os lábios já atraentes de Victoria ainda mais atraentes. Quando Arthur encarou-a, suas pupilas se dilataram de modo involuntário e ele engoliu em seco.
Victoria notou-o olhando para ela. Pensou que estivesse chateado por tê-lo mordido e imaginou que ele a confrontaria. Mal sabia ela que o seu olhar se tornava cada vez mais inquietante.
Era como se Arthur parecesse um lobo faminto, e ela fosse sua presa... ele ficou imóvel como se esperasse o momento certo para atacá-la e devorá-la.
Um arrepio correu pela espinha de Victoria e, à medida que a cor dos olhos de Arthur se aprofundava, o elevador apitou, dissipando todos os outros pensamentos de suas mentes.
Victoria tentou correr para fora do elevador, mas não conseguiu nem dar alguns passos quando Arthur a puxou de volta para perto.
“Enlouqueceu, Arthur? Se atreva a encostar em mim e vai ver o que acontece!”, rosnou ela, mas o homem apenas passou as pontas dos dedos sobre seus lábios vermelhos, limpando os vestígios de sangue.
Victoria olhou para o carmesim nos dedos dele, sem conseguir sair do lugar. Era sangue... ela não tinha reparado antes. Então, ele estava só limpando?
Ao perceber, Victoria olhou para o braço dele com a intenção de ver como estava o ferimento, mas ele já havia abaixado a mão e a manga cobriu o ferimento, bloqueando sua visão.
“Vamos”, disse ele.
Incapaz de ver seu pulso, Victoria desistiu e o seguiu.
O lugar onde Bruno morava era muito tranquilo, e demorou um pouco até que alguém atendesse a porta quando Victoria apertou a campainha.
A pessoa que atendeu a porta não era outra senão Ethan, assistente de Bruno. Ao ver Victoria, cumprimentou-a com um sorriso de boas-vindas. “Sra. Selwyn.”
Então notou Arthur atrás dela, emanando um forte ar de possessividade.
O sorriso no rosto de Ethan desapareceu.
Infelizmente, a mente de Victoria estava ocupada pensando em seus dois preciosos filhos, então não prestou atenção à expressão do assistente. Ela apenas olhou para dentro e perguntou: “Bruno está aí, Ethan?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...