Nicole, que estava ouvindo a conversa, cobriu a boquinha com as mãos e começou a rir.
Victoria ficou em silêncio porque, na realidade, estava um pouco envergonhada e irritada.
Ela baixou a cabeça e olhou para a filha. Não disse nada, nem mostrou seu descontentamento. Ela apenas olhou em silêncio para Nicole.
Nicole continuou rindo no início, mas quando notou sua mãe olhando-a, seu sorriso desapareceu por culpa. Ela baixou as mãozinhas e fechou a boca. Não ousaria mais rir e parecia bastante ansiosa.
Victoria raramente ficava brava com seus filhos porque costumavam ser obedientes e atenciosos. E mesmo que fizessem algo errado, os ensinaria primeiro, e só agiria com mais rigor se eles se recusassem a ouvi-la.
Por causa de sua maneira diferente e pessoal de ensinar, não precisava recorrer a mudanças de expressão.
Então, mesmo que ela apenas olhasse para as crianças sem emitir um som, elas saberiam que tinham feito algo errado.
Desta não foi diferente. Nicole não se atreveu a dizer uma palavra e baixou a cabeça enquanto trocava olhares com sua mãe de vez em quando.
Quando Victoria viu a filha agir daquela forma, seu coração amoleceu. Ela estendeu a mão e beliscou as bochechas rechonchudas de Nicole, exasperada. “Não ria da próxima vez.”
“Está bem. Vou me comportar e te ouvir, mamãe.”
Nicole abraçou Victoria com força, enterrando-se nos braços de sua mãe e começou a ignorar a presença de Arthur.
Victoria não se sentia muito bem nos últimos dias porque Nicole continuou agindo contra sua vontade. Agora que a menina a estava ouvindo e ignorando Arthur, se sentiu muito melhor.
Assim, virou-se e disse: “Gael, desça.”
Gael hesitou por um momento, mas disse: “Sr. Night, me coloque no chão, por favor.”
Arthur pressionou os lábios. Ele segurou Gael com mais força, depois baixou os olhos para a criança.
“Como homem, e sendo tão tarde, acha que eu a deixaria sozinha? Eu pareceria irresponsável, e não é seguro para vocês três esperarem o táxi aqui sozinhos.”
Victoria sorriu e disse: “Você está pensando demais, Sr. Night. Jasea é uma cidade segura, e têm pessoas fazendo patrulha nas ruas em todos os momentos. Não é perigoso.”
“E se for?” Arthur olhou-a. “Você tem dois filhos para cuidar. Tem cem por cento de certeza de que está segura?”
Os olhos de Arthur brilhavam com severidade sob as luzes da rua. “Eu vim aqui com você, então eu deveria garantir sua segurança.”
Em outras palavras, ele também era responsável pelas crianças.
Quando Victoria o ouviu, zombou para si. “O que propõe que façamos, então?”
“Eu vou te levar para casa.”
Victoria encarou-o por um longo tempo. Por fim, ela não discutiu e caminhou até o carro com Nicole nos braços. “Abra a porta.”
Os lábios de Arthur formaram um belo sorriso. Ele se aproximou e colocou Gael no chão, então abriu a porta do carro para Victoria.
Victoria só queria que ele destrancasse a porta, nunca passou por sua cabeça que abriria para ela.
A mulher olhou feio para ele. A julgar pelo comportamento, ele parecia bastante humilde na frente dela, em especial na frente das crianças, também. Era porque ele sentia que lhes devia?
Quando Victoria pensou em algo, desdenhou.
Arthur queria mostrar seu interesse por ela na frente das crianças, mas e se ela tomasse a iniciativa? Assim não teria que seguir as regras de ninguém.
Depois de pensar sobre as coisas, Victoria se decidiu. Ele queria conquistá-la? Então o torturaria com todas as forças até que ele desistisse.
Depois de entrar no carro, as crianças sentaram-se ao seu lado segurando cada uma um braço dela, seus corpos pequenos encostados nela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...