Ambos o olharam.
Bruno observou o médico calmamente. “Dê a ela um remédio primeiro.”
O médico trabalhava para sua família há anos. Eles não estavam muito familiarizados um com o outro, mas também não eram estranhos.
Quando o doutor o ouviu dizer isso, ficou em silêncio por um momento antes de perguntar: “Sr. Morison, não quero incomodar, mas você ouviu o que eu disse, certo? Ela não está doente, então que remédio posso lhe prescrever? Ela vai ficar mal se tomar algo agora.”
Bruno o olhou com frieza. “Você disse que ela tem problemas psicológicos, certo? Então prescreva a ela algum remédio que cuide disso.”
“Mas... Não sei como!”
Jéssica ficou atordoada com a visão. Ela pensou que seu chefe se importava com Victoria no início, mas quando o médico disse que a jovem não podia tomar remédios, seu patrão ainda insistiu que ele lhe prescrevesse algo. O que estava acontecendo?
“Sr. Morison, o médico já disse que a Sra. Selwyn—”
“É a sua vez de falar?”
Ela estava apenas na metade de sua frase antes de ser interrompida.
Bruno a olhou com indiferença. “Você não tem mais nada a fazer aqui. Vá embora!”
Jéssica estava preocupada com Victoria e não achava que seria convidada a se retirar porque falou mais do que deveria.
Ela pressionou os lábios em insatisfação.
O médico já havia explicado a condição da paciente em detalhes, mas Bruno ainda agia daquela maneira. Ele estava tentando machucar Victoria?
Ela foi muito legal com Jéssica todo esse tempo, então a empregada inconscientemente queria defendê-la. Inesperadamente, o médico disse: “Tudo bem, vou dar um remédio a ela.”
“Mas, doutor!” Quando a funcionária o ouviu, seus olhos se arregalaram em choque. “Você não—”
“Você ouviu o que o Sr. Morison disse. Vou prescrever remédios para ela.”
Jéssica ficou sem palavras.
Ela achava que Bruno era louco, mas agora suspeitava que até do médico. Seu chefe não sabia sobre medicina, mas como um profissional da área poderia não saber?
Contudo, ela não tinha o direito de falar. Apenas podia assistir enquanto algum remédio era prescrito, depois o doutor se virou para falar consigo.
“Vamos deixá-la descansar. Venha para fora comigo e eu lhe direi como ela deve tomar o medicamento.”
Jéssica estava brava e não queria sair, mesmo quando ele mandou. No final, ele a segurou e a arrastou para fora.
Assim que saíram do cômodo, a menina empurrou a mão do doutor. “Eu nunca pensei que você fosse esse tipo de pessoa, Dr. Chapman!”
Quando ele a ouviu, olhou para a menina. “Que tipo de pessoa? Como você saberia?”
Enquanto falava, ele botou um frasco de comprimidos em sua mão. “Tome isso. Dê a ela uma pílula todos os dias.”
Jéssica deu um passo para trás. “Nem pensar! Você é horrível, Dr. Chapman. Disse que a Sra. Selwyn tem problemas psicológicos, certo? Seu corpo não está doente, então ela não deve tomar remédios sem motivo. Pensei que você era um bom médico com uma forte ética quando disse isso, mas agora percebi que é completamente diferente do que eu imaginava. Você é uma decepção!”
Quando terminou de falar, a empregada sentiu alguém dando um forte peteleco em sua testa. Ela estendeu subconscientemente a mão para cobri-la. “Doutor!”
“Você nem me perguntou que medicamento era antes de começar a dizer bobagens sobre minha falta de ética. Não está sendo muito irracional?”
Jéssica, que estava inicialmente enfurecida, pareceu sentir algo quando perguntou: “Que remédio é esse?”
“Vitaminas.” O Dr. Chapman sacudiu o frasco de pílulas em sua frente. “Quer algumas?”
Quando ela soube que o médico simplesmente prescreveu vitaminas para Victoria, imediatamente percebeu que era um mal-entendido e ficou envergonhada por acusá-lo de ser antiético.
Isso deve ter sido um grave insulto ao profissional.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...