Após pegar a sacola, Victoria descobriu que o que Arthur havia comprado era fast food, pelo qual ela não tinha apetite. Por isso, apenas deu uma olhada e guardou.
O homem percebeu suas ações: “Nenhum deles te atrai?”
Ela balançou a cabeça: “Não. Só não estou com vontade de comer agora.”
Arthur não disse nada em resposta e sentou-se ao lado dela alguns segundos depois.
Possivelmente porque ele não usava muitos agasalhos ou porque tinha acabado de voltar de fora, Victoria percebeu que a temperatura ambiente caiu no momento em que se sentou.
E no segundo seguinte, ela percebeu que o rapaz ainda não usava nada além daquela camisa fina.
Ela moveu os lábios como se fosse dizer alguma coisa, mas não saiu nada.
Os dois então sentaram-se em silêncio.
Apesar de estarem fisicamente próximos, de alguma forma se sentiam desconectados um do outro.
Victoria notou que as outras mulheres que estavam fofocando com ela mais cedo entraram com seus respectivos namorados e depois saíram com certidões de casamento, uma por uma. Quando cada casal saía, o braço do homem estava enrolado na cintura da mulher, ou os dois de mão dadas, e ambos tinham sorrisos de felicidade.
Olhando para eles, a jovem se lembrou do dia em que chegaram ao cartório.
Essa foi uma lembrança adorável para ela, em total contraste com como as coisas eram agora.
Enquanto Victoria estava atordoada, ouviu alguém os chamando.
Ao ouvir isso, ela recuperou os sentidos, mas não se moveu e simplesmente disse: “É a nossa vez.”
Arthur também permaneceu em silêncio. Ninguém sabia o que se passava em sua cabeça, e também não se levantou.
Só quando a equipe lá dentro chamou seus nomes novamente é que Victoria respirou fundo e finalmente se levantou: “Vamos.”
Então, ela começou a andar.
“Espere!”, disse Arthur inconscientemente, gesticulando para que parasse.
Victoria parou quando ouviu, e mordeu o lábio inferior para se conter e não virar a cabeça para trás.
Toda a sua boca estava cheia de gosto de sangue e a dor que sentia a deixava mais lúcida do que nunca.
No segundo seguinte, perguntou: “O que foi?”
Ela nem sequer virou a cabeça para encará-lo. Vendo tal atitude, Arthur franziu as sobrancelhas. Assim que ele moveu os lábios e estava prestes a dizer algo, seu celular tocou.
Como se a ligação fosse o que ela estava esperando, ela disse: “Primeiro, atenda sua ligação. Esperarei por você lá.”
Ela continuou a caminhar após suas palavras.
Porém, ela só conseguiu dar um passo antes de Arthur agarrar seu pulso.
“Espere um momento” segurou o pulso dela com uma das mãos e tirou o celular com a outra.
Quando viu a tela mostrando quem era, ele franziu a testa: “É da casa de repouso.”
Com isso, Victoria se virou e parou de mexer o pulso para longe do aperto dele.
“Aconteceu alguma coisa com a vovó? Atenda rápido!” A mulher insistiu, com suas mãos apertando as de Arthur com força.
O rapaz não pensou muito no fato de suas mãos estarem entrelaçadas e rapidamente atendeu a ligação.
Quando atendeu, Victoria estava extremamente ansiosa.
Ela não tinha ideia do porquê, mas quando Arthur disse que a ligação era da casa de repouso, teve um mau pressentimento.
A jovem notou a expressão dele escurecendo enquanto falava, e não pôde deixar de franzir as sobrancelhas também.
Quando Arthur desligou, o coração de Victoria se encheu de medo. Apertou a mão dele com ainda mais força e perguntou: “O que aconteceu?”
Eu estava errada. Não deveria ter ido primeiro ao cartório. Deveria ter ido para a casa de repouso logo depois que acordei. Não... eu nem deveria ter voltado ontem à noite. Deveria ter ficado na casa de repouso para acompanhar a vovó.
Sabia que faria a cirurgia hoje, então por que sou tão idiota em deixá-la sozinha só porque ela recusou de primeira?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...