A sala caiu em silêncio. Os que antes zombavam e curtiam um bom show calaram-se. O ar frio pareceu encher o ambiente.
Arthur sentou-se e encarou Elaine com um olhar assustador e implacável. A mulher não ousou dizer mais nada e se encolheu. Quando o homem a encarou, sentiu que estava pronto para matá-la, então escondeu-se atrás de Claudia com medo.
A jovem mal conseguia manter o sorriso no rosto enquanto olhava para a mulher atrás dela. Sem escolha, implorou: “Por favor, não fique bravo com ela, Artie. Elaine é direta, mas não faria mal a ninguém. Peça desculpas para Victoria.”
A mulher não gostou. Preferiria ir para o inferno a pedir desculpas. No entanto, ao lembrar-se do olhar aterrorizante de Arthur, virou-se para Victoria e disse entre os dentes: “Sinto muito.”
“Elaine não queria ofendê-la, Victoria. Pode perdoá-la, por favor?”
A mulher permaneceu sentada sem responder à pergunta.
Arthur, por outro lado, implacável, sorriu e zombou: “Acha que um pedido de desculpas é suficiente? O que ia fazer?”
Elaine ficou espantada e respondeu: “N-Nada.”
“Queria bater nela, não é?”
“Não, eu só...”
“Artie”, Claudia interveio ansiosa. Já pedi, mas por que não está disposto a perdoá-la?
Arthur virou-se para Claudia, suas emoções estavam um pouco agitadas.
Os olhos da mulher estavam vermelhos. Era como se estivesse prestes a chorar.
Ela havia se sacrificado para salvar sua vida uma vez. Após o incidente, jurou que a protegeria para o resto da vida e, como havia lhe pedido, deveria perdoar sua amiga.
No entanto, tudo em que pensava era num certo alguém. Não via mais nada a não ser o olhar determinado e distante de Victoria.
Embora tivesse sido humilhada diante de tantas pessoas, não pareceu sentir-se nem um pouco afetada. Era como se não tivesse nada a ver com ela.
Porém lembrou-se que sempre que se sentia injustiçada quando eram mais novos, se agarrava a sua camisa e olhava para ele aos prantos, esperando que a defendesse.
De repente, lembrou-se do que Victoria havia lhe dito naquela noite. Perguntou-lhe o que pensariam dela se descobrissem que seu casamento era uma farsa.
Além de seus colegas de trabalho, até mesmo pessoas consideradas amigas começaram a desprezá-la ao descobrirem a verdade. A amiga de Claudia quis bater nela.
Se o incidente de hoje nunca tivesse acontecido, Arthur nunca teria entendido como Victoria se sentia quando se explicou naquele dia.
A princípio, pensou que não estava feliz por sempre ser lembrada apenas como sua esposa, apesar de trabalhar duro para provar seu valor.
Só a partir dos eventos desta noite percebeu o que se passava na mente dela por causa do que havia lhe dito.
Agora, era como uma estranha em uma multidão sem quaisquer emoções. Se ainda estivesse infeliz com a realidade que vivia, não teria comparecido à reunião. Como estava lá, mostrou que já não se incomodava mais com o que acontecia ao seu redor.
Ao perceber, Arthur sentiu seus sentimentos ondularem.
Apertou os lábios e rejeitou o apelo de Claudia pela primeira vez: “Não me importo de perdoá-la, mas nunca mais quero vê-la na minha frente.”
Os presentes entenderam que ele a estava mandando ir embora.
Está zangado. Entendeu que se continuasse tentando pedir que perdoasse sua amiga, teria uma impressão ruim dela. Ninguém pode me impedir de conquistar o coração do Arthur. Nem Elaine.
Victoria! Olhou ressentida para a mulher antes de deixar o local envergonhada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos do amor
Só eu que desejo que Victoria fique com Bruno????...
Gostaria de saber se tem previsão para o término do livro!!??...