Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1019

Ele segurou a cabeça dela e aprofundou ainda mais o beijo.

Adriana empurrou-o duas vezes, até que por fim agarrou o colarinho do terno dele com força, os olhos brilhando, ainda mais sedutora e encantadora.

Só quando ela quase ficou sem ar, Jaques a soltou.

Ofegante, ele murmurou com voz rouca: "Vai me esperar?"

Adriana piscou: "Claro que não! Já tô indo embora!"

Estava brava.

Desde pequena, quando ficava irritada, ela sempre dizia o contrário do que sentia.

Mesmo assim, brava, continuava linda, manhosa — de qualquer jeito, era adorável.

Jaques pegou a mão dela: "Vamos juntos."

Adriana não resistiu, e depois de alguns passos, falou de jeito meio emburrado.

"Tá tudo bem?"

"Tô sim."

"Eu tô falando de..."

"Tá tudo bem." Jaques respondeu, calmo.

"Tá bom."

Adriana abaixou o olhar.

Como poderia estar tudo bem?

Ser traída repetidas vezes por quem mais confiava era algo impossível de explicar pra quem nunca viveu isso.

Instintivamente, Adriana apertou a mão de Jaques.

Depois que saíram, Rogério apareceu devagar e ficou olhando as costas dos dois.

Ele nunca entendia por que alguém escolheria ficar contra a própria família por uma mulher.

Quando os dois se beijaram há pouco, a reação de Adriana foi mesmo tentadora.

Ela até parecia resistir com as mãos, mas o olhar estava todo em Jaques.

Se importava tanto assim?

Interessante.

…

Quando a festa acabou, Adriana e Jaques voltaram para o Costa Royal.

Assim que chegaram, a primeira coisa que Jaques fez foi ver Estela, que já dormia.

Adriana cumprimentou Mariza Cruz, despediu-se dela e foi direto pra cozinha.

Quando Jaques saiu do quarto, Adriana estava saindo da cozinha com duas tigelas de macarrão com ovo.

"Vi que você quase não comeu nada na festa, então preparei um miojinho."

Jaques estreitou os olhos, um brilho diferente passando por eles, e disse em voz baixa: "Certo."

Antes que Adriana dissesse qualquer coisa, ele já a encostava na mesa, uma das mãos protegendo suas costas do contato com a madeira.

A palma da mão dele pressionava de leve, como se quisesse sentir a pele dela através do suéter.

Instintivamente, Adriana ergueu o olhar e encontrou o olhar profundo dele.

"Adriana."

"…"

Só muito tempo depois, à luz fria da cozinha, um leve "uhum" foi ouvido.

No fim, Adriana ficou apoiada na mesa, ofegante.

Olhou para Jaques, furiosa.

Jaques ajeitou a camisa amarrotada: "Nunca disse quanto tempo durava o beijo."

Adriana pegou os hashis, ameaçando jogá-los nele, mas ele foi mais rápido, segurou sua mão e fez um carinho.

"O Rogério, você já sabe quem é, né?"

"Hoje foi só o começo, logo ele vai entrar no Grupo Torres."

"Aí é que começa o verdadeiro jogo."

Adriana apertou os hashis com força: "E o que vai acontecer?"