Adriana estava sentada no carro, inquieta, se mexendo de um lado para o outro, desconfortável.
Jaques lançou-lhe um olhar: "Tem prego nesse banco?"
Adriana parou de mexer, segurando o cinto de segurança com força.
"Não estou acostumada com esse tipo de carro."
"É, não está acostumada mesmo. Não tem muito o que fazer." Jaques respondeu, com aquele tom indiferente.
"…"
No que ele estava pensando?
Mas quando Adriana lembrou que Jaques tinha comprado esse carro justamente para presentear Eunice, não pôde evitar a sensação de que realmente havia pregos no banco.
"Não dava pra ser outro carro? Tem que ser logo esse?"
"Os outros carros o pessoal já levou embora pra vender como sucata. Esse aqui acabou de sair da revisão, aproveitei e trouxe pra você ver."
Jaques falou com preguiça, quase se divertindo.
Ao ouvir sobre sucata, Adriana nem sabia se ria ou não.
"Nem quero ver."
Ela virou o rosto, olhando pela janela.
De repente, sentiu um peso no colo. Olhou e viu um pequeno modelo de carro.
Só então percebeu que era a chave do carro.
"Pra que isso?"
"Tem alguém aí que tirou carta mais ou menos, vive dizendo que não treina porque não tem carro."
"Quem… Eu?" Adriana, surpresa, apontou pra si mesma. "É pra mim?"
"Pra quem mais seria?"
"Sempre foi pra mim?" Ela ainda custava a acreditar.
"Quer conferir o nome que está no documento?" Jaques perguntou.
Se ele disse isso, é porque não havia porque mentir.
Afinal, para ele, o valor daquele carro era irrisório, nem fazia sentido enganar.
Então, por que na outra vida o carro acabou nas mãos da Eunice?
Pensando bem, Eunice só tinha usado o carro uma vez – justamente para se exibir diante de Adriana.
Mas conhecendo Eunice, ela com certeza andaria com o carro todo dia, faria questão de todo mundo saber que Jaques lhe deu um carro único.
Ou seja, Eunice fez de propósito.
Enquanto pensava nisso, Jaques estacionou o carro na garagem.
Virou-se para Adriana, provocando: "E aí, ainda tem prego no banco?"
Ela voltou à realidade, passou a língua nos lábios, sentindo até as orelhas queimarem.
"…"
Adriana olhou a longa fileira de carros na garagem.
Rico desse jeito… Ai, vou encarar.
Assim que desceu do carro, tentou sair correndo, mas Jaques logo a pegou pela cintura e a colocou no ombro.
"Van executiva é mais espaçosa." Ele murmurou com voz rouca.
"Seu idiota…"
"Não é a primeira vez que sou idiota."
Dizendo isso, Jaques a enfiou na van ao lado, ainda teve o cuidado de pegar uma almofada pra ela.
Era um caso perdido mesmo.
Quando voltaram para o apartamento, Mariza já estava bocejando de sono.
"Vocês demoraram, hein?"
Adriana desviou o olhar, evitando encarar Mariza, com medo de ser desmascarada.
Jaques abaixou a cabeça para tirar os sapatos, e respondeu tranquilo: "A Srta. Adriana resolveu fazer hora extra."
Adriana ficou ainda mais vermelha, não resistiu e lançou um olhar fulminante.
A serenidade dele agora nem lembrava o Jaques ousado de instantes atrás.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Amoooooooo de paixão esse livro. Gostaria muito de poder escrever para a autora . É simplesmente perfeito 😍...
Mais mais mais...
Oi bom munto bom...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰...
Mais mais mais mais mais...
Na melhor parte acaba o capítulo...
Boom dia...
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...