Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1061

"Quer tudo ao mesmo tempo."

"Isso." O homem assentiu sem rodeios. "E mais, tudo o que é seu, eu quero."

"Você... hmm."

O homem a beijou, arrancou sua camisa e colou o corpo ao dela.

Com a voz rouca, murmurou: "Grita."

Como era pra gritar assim?

O rosto de Adriana ficou vermelho como pitanga madura.

Mas ele não desistiu, passando a mão pelas costas dela e a envolvendo por inteiro, centímetro por centímetro.

Adriana mudou o tom: "Tiozinho..."

"Hum."

Jaques parecia ter sido ativado por algum botão secreto.

Percebeu, de repente, que aquelas duas palavras podiam ser usadas em outros contextos.

No fim, Adriana já nem sabia quantas vezes chamou "tiozinho".

No meio disso, Jaques soltou o celular dela e enviou um áudio.

Do outro lado, Rogério recebeu o áudio supostamente enviado por Adriana.

No começo era só ruído, depois vieram duas respirações ofegantes.

No final, o chamado doce e dengoso de uma mulher: "tiozinho".

Logo em seguida, chegou uma mensagem de texto.

"Ela está ocupada, não pode atender família agora."

Jaques.

O olhar de Rogério escureceu, mas ele tocou novamente o áudio de Adriana.

A voz era realmente tentadora.

Não era à toa que Jaques queria tudo só pra ele.

Era melhor esperar, o melhor ainda estava por vir.

Largou o celular quando alguém bateu à porta.

Rogério se levantou e abriu a porta. Ao ver Cesário Torres do lado de fora, logo sorriu respeitoso.

"Pai."

"Ainda não dormiu?"

Cesário entrou no quarto com as mãos para trás, o olhar percorrendo os papéis na mesa... e o celular.

Rogério baixou os olhos: "Não quero decepcionar o senhor, então quis estudar mais os documentos. Afinal, Jaques é realmente muito bom."

"Por melhor que ele seja, fui eu quem o formei. Ninguém conhece um filho melhor do que o próprio pai, entendeu?" O senhor franziu a testa.

"Sim."

Depois de dar os conselhos, o senhor virou e deixou o quarto.

Rogério levantou lentamente a cabeça, sentou-se e ouviu de novo o áudio de Adriana.

"O carro dele, a casa dele, a empresa dele, quero tudo."

"Por que eu não poderia querer tudo?"

Ele sorriu, mas no fundo dos olhos não havia brilho algum.

...

Na tarde seguinte.

Adriana e Mariza desciam as escadas arrastando suas malas.

Assim que saíram pela porta, a mala de Adriana travou.

Ao se virar, viu Jaques prendendo a roda com o pé.

Ele tinha um olhar frio, mas as palavras soaram quase infantis:

"Não tem nada pra me dizer?"

"Sr. Jaques, até logo."

"..."