Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1102

"Adriana! Cuidado com o que você fala!"

"O Grupo Torres é enorme; se ele fosse substituído, seria apenas porque é incompetente!"

Cesário falou com frieza, lançando para Adriana um olhar repleto de ódio.

Parecia estar dizendo que a situação atual era culpa dela! Que ela era responsável pela morte de Jaques!

Adriana sempre soube que o senhor era hipócrita, mas não imaginava que sua falta de vergonha não tinha limites.

Logo, o salão inteiro foi preenchido pelo riso irônico dela.

"Senhor, por que precisa usar a minha pessoa como desculpa? Não acha que todos sabem que você não é tão nobre quanto parece?"

"Na verdade, você é frio, egoísta, falso. Fala do nome da família, mas é um homem que nem controla os próprios impulsos, trata mulheres como objetos e as utiliza."

"Você fala em colocar o coletivo acima do individual, mas sua balança sempre pende para o próprio interesse. Quando algo ameaça seus benefícios, você elimina sem hesitar."

"Você fala em laços de sangue, mas desde que Sr. Jaques teve problemas, você só corre atrás desse suposto filho adotivo."

"Você fala em competência; no fundo, todos aqui sabem quem realmente tem capacidade nesta família!"

Ela apontou para todos os presentes, respirou fundo e os encarou.

"O salão de honra da Família Torres ainda exibe os ensinamentos dos ancestrais."

"Desde sempre, a lealdade vem em primeiro lugar: amizade verdadeira, fidelidade, justiça."

"Vocês realmente vão trair esses valores por causa de interesses?"

A sala de reuniões ficou em silêncio, e os olhares lançados a Adriana agora tinham um respeito inesperado.

O senhor franziu o cenho, irritado: "Tirem ela daqui!"

No salão, os seguranças que estavam de lado vieram imediatamente.

Evaldo se colocou ao lado de Adriana, murmurando: "Aguente mais cinco minutos."

Adriana assentiu, segurando firme o braço da cadeira do anfitrião.

Ela sabia que, se Rogério assumisse aquele posto, seria uma dor de cabeça tirá-lo dali depois.

Nesse momento, Rogério se aproximou lentamente dela.

"Adriana, aqui dentro e lá fora só há pessoas do senhor; um Evaldo não vai conseguir te proteger."

"Não quero te machucar, levante-se."

Adriana ergueu o olhar para ele: "Gerente Torres, você esqueceu de novo, me chame de Diretora Guerreiro."

Os olhos de Rogério escureceram.

"Certo. Então, levem a Diretora Guerreiro para fora."

Ele recuou enquanto os seguranças se aproximavam.

Quando o confronto estava prestes a explodir, alguém deixou uma caneta cair com um estalo no chão.

Falou, sílaba por sílaba.

Rogério assentiu, lançando um olhar cruel aos seguranças que tentavam se levantar.

Os seguranças começaram a atacar Evaldo de forma traiçoeira.

Evaldo foi derrubado.

No instante seguinte, Rogério ficou diante de Adriana, agarrou sua mão e tentou puxá-la para levantar.

Adriana cerrou os dentes, segurando com força o braço da cadeira com a outra mão.

No íntimo, começou a contar cinco minutos para trás: dez, nove, oito...

Aguente firme!

Mas ela não era páreo para a força de Rogério.

Antes de chegar ao cinco, ele a lançou para fora com violência.

Quando seu corpo quase bateu na porta da sala, ela se abriu.

Uma mão segurou sua cintura.

Ela contou mentalmente: dez.

Adriana ergueu os olhos e viu dois seguranças na porta, mas a mão que a segurava vinha de entre eles.