Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1119

"Pai, daqui pra frente vou te pedir que cuide bem da minha mãe."

Ao ouvir isso, Yolanda, aflita, segurou firme a mão do senhor.

"Senhor, por favor, não deixe o Rogério ir, ele é nosso filho."

"Eu vou, eu assumo tudo."

O senhor estava sentado na cama, olhando para mãe e filho, e franziu a testa.

"Chega, já passou dos limites."

"……"

Os dois ficaram em silêncio, sem chorar nem falar mais nada.

Mas Yolanda, de cabeça baixa, com marcas de lágrimas no rosto, não parecia triste ou desesperada.

Ela sabia que tinha conseguido.

O senhor jamais entregaria Rogério, filho que criou com tanto esforço.

Quando Yolanda começou o estágio, era numa empresa parceira do Grupo Torres.

Além de ser explorada pela empresa, se fosse maltratada pelos veteranos, para conseguir a efetivação ela sempre suportava tudo calada.

Um dia, acompanhando o gerente em um jantar de negócios com o senhor, ela viu um outro lado daquele mundo.

Naquele momento, entendeu que, mesmo que conseguisse ser efetivada, passaria a vida toda sendo só uma trabalhadora comum.

Então, ela se aproximou do senhor de propósito.

Mas, diferente das outras mulheres dele, não gostava de disputar ou criar intrigas.

Ela nunca competia, sempre pensava no bem-estar do senhor.

Afinal, o que ela queria não era aquele amor barato do senhor.

O senhor acenou com a mão: "Em relação à Emilia e à Quezia, eu vou resolver. Vocês dois, é melhor não aparecerem tanto por agora."

"Sim, senhor."

Responderam os dois em uníssono.

O senhor lançou um olhar para Rogério e franziu as sobrancelhas: "Levante-se, não precisa ficar se ajoelhando toda hora. Jaques, quando enfrenta problemas, nunca se ajoelha."

"……"

O corpo de Rogério, que estava começando a se levantar, ficou tenso de repente, e ele apertou os punhos involuntariamente.

Não era à toa que o senhor sempre achava que ele não se comparava a Jaques.

Jaques era tão profundo que ninguém conseguia decifrar.

Quem diria que o respeitado Sr. Jaques, por causa de uma mulher, enfrentaria o próprio pai, entrando no jogo com a própria vida.

Yolanda deu um tapinha no ombro dele e falou num tom reconfortante.

"Rogério, eu sei que você está com raiva, mas dessa vez realmente nós não fizemos direito. Se deixarmos o senhor irritado, perdemos toda proteção aqui em Rivazul. Você quer ser expulso de Rivazul sem ter conquistado nada?"

"Agora também não estamos muito melhores. Jaques não só recuperou o poder, como até os antigos aliados do pai estão balançando."

Rogério respirou fundo e relaxou os punhos.

Sabia que agir por impulso não adiantaria em nada.

"Nem tudo está perdido. Ainda temos a Família Azevedo." Yolanda disse, baixando a voz.

Rogério riu com ironia: "Família Azevedo? Assim que Justina soube do meu fracasso, correu para salvar a Adriana. Isso foi para agradar o Jaques. Quem diria, a Família Azevedo não passa de oportunista."

Mas Yolanda não se abalou.

"Você ainda não entende as mulheres. Justina nunca pensou em salvar a Adriana."