Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1193

Adriana também se levantou e, ao se virar, viu Antônio entrando apressado.

"Por que você veio?"

"Tem coisas que não dá pra conversar lá fora, o Sr. Jaques pediu pra eu esperar ele aqui," explicou Antônio.

Enquanto pegava um copo d’água, Adriana perguntou: "Que assunto?"

"Sobre a Sra. Azevedo."

Mal terminou de falar, a porta principal se abriu novamente.

Jaques e Evaldo entraram.

"Chegaram, sentem-se."

O olhar de Adriana passou por todos eles. Parecia que a conversa iria longe, então ela resolveu preparar uma garrafa de chá mate e levou até a sala.

"O que aconteceu?" Ela entregou o chá já servido a Antônio.

Antônio tirou de sua bolsa um envelope antigo.

"Ainda bem que o Sr. Jaques me pediu pra buscar o prontuário médico. Se eu demorasse mais, esse arquivo já teria sido destruído."

Jaques pegou o envelope e franziu a testa: "O que houve?"

"Aquele dia eu liguei pro arquivo e comentei sobre o prontuário. Disseram que tinham muita coisa acumulada e iam procurar. No dia seguinte, o diretor anunciou que uma remessa de documentos seria descartada, e entre eles estava o da Filomena. Um colega conseguiu me dar o arquivo escondido."

Antônio sempre se deu bem com os colegas, que confiaram nele mas pediram sigilo absoluto.

Adriana logo entendeu o que Antônio queria dizer.

O diretor tinha feito aquilo de propósito para destruir o prontuário de Filomena.

"Você não disse que o diretor de vocês era um homem rigoroso e íntegro?"

"Pelo menos até a Sra. Azevedo voltar, ele era sim. Mas quem além dele teria coragem de apagar as câmeras do hospital?"

O tom de Antônio era de incredulidade.

Adriana mordeu os lábios: "Nunca imaginei que o diretor teria uma relação tão próxima com a Sra. Azevedo, a ponto de correr tanto risco pra ajudar ela."

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