Victoria parecia temer que Adriana não acreditasse nela e se apressou em explicar.
“Adriana, acredita em mim! Eu juro que não foi de propósito! Eu também não sei por que o relógio atrasou dez minutos, quando cheguei lá, a Gabriela já tinha sumido.”
Ela repetia isso sem parar, o rosto coberto de lágrimas de tristeza.
Adriana também ficou nervosa, olhando instintivamente para Jaques.
Jaques segurou a mão de Victoria e apertou algumas vezes o ponto entre o polegar e o indicador.
Victoria sentiu dor, apertando o rosto, mas finalmente pareceu recobrar um pouco a consciência.
Adriana lhe serviu um copo de água morna: “Mãe, toma um pouco de água primeiro, conta com calma o que aconteceu. Não estamos aqui para te culpar, só queremos entender tudo direitinho porque tem acontecido muita coisa ultimamente.”
Depois de beber a água, Victoria ficou bem mais calma.
Ela respirou fundo e disse: “O suicídio da Gabriela, na verdade, foi um plano que nós duas elaboramos juntas.”
Adriana ficou surpresa: “Por que vocês fizeram isso?”
Victoria sempre dizia que Gabriela era muito competente, cheia de iniciativa, e ainda encorajava-a a continuar estudando e se especializar.
Alguém assim não parecia ser do tipo que tiraria a própria vida por causa de problemas.
Jaques pareceu entender, e comentou em tom neutro: “Para fugir das dívidas.”
Victoria olhou para ele, com uma expressão de quem sabia que nada podia esconder dele.
“A Gabriela era a mais popular entre os clientes, então era quem mais ganhava dinheiro, vivia muito bem.”
“Foi nessa época que ela conheceu, na loja, um empresário que tinha vindo a Cidade Rivazul a trabalho.”
“No começo, ela foi bem firme e recusou o cara, mas ele não desistiu. Prolongou a estadia em Rivazul e aparecia todo dia para ficar com a Gabriela, era bonito e educado.”
“Com o tempo, as fofocas aumentaram e Gabriela acabou cedendo a sair para jantar com ele, mas antes de ir, disse que só queria esclarecer as coisas com aquele homem.”
“Não é nada.” Victoria mordeu os lábios e continuou: “Depois disso, eu e Gabriela fomos juntando o que podíamos para pagar as dívidas dela.”
“A gente achou que tudo ia voltar ao normal, mas do nada começaram a aparecer cobradores todos os dias na nossa porta, às vezes até esperavam na entrada do shopping, atrapalhando o trabalho da Gabriela. Depois descobrimos que aquele homem ainda pegou vários empréstimos extorsivos usando o nome dela.”
Ao ouvir isso, Adriana e Jaques trocaram um olhar resignado.
Na hora entenderam que Gabriela tinha caído nas mãos de um golpista profissional.
Adriana insistiu: “E depois, mãe?”
Victoria recordou o passado e soltou um suspiro profundo.
“Os juros dessas dívidas eram absurdos, não tínhamos como pagar. Então Gabriela pensou numa saída: fingir a própria morte.”
“Se os agiotas achassem que ela tinha morrido, parariam de cobrar. Ela não tinha família, então ninguém poderia contestar.”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Amoooooooo de paixão esse livro. Gostaria muito de poder escrever para a autora . É simplesmente perfeito 😍...
Mais mais mais...
Oi bom munto bom...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰...
Mais mais mais mais mais...
Na melhor parte acaba o capítulo...
Boom dia...
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...