Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1209

“O que você está dizendo? Nós realmente não entendemos essas complicações.” A voz da mãe soava ansiosa.

“Então devolva tudo agora mesmo. Se não quiserem devolver, tudo bem, eu também não vou concordar. Quando vierem aqui buscar, se virem vocês!”

“Você ficou louca? Já disse que sua irmã gostou! Se não fosse por você, o corpo dela não estaria assim! Ela era a esperança da nossa família! Está decidido!”

Como sempre fazia, a mãe terminou de falar e desligou o telefone sem dar chance para resposta.

Tania ouviu o som da ligação terminando e sentiu um cansaço tomando conta de todo o corpo.

Antes que pudesse largar o celular, ele voltou a tocar.

Era aquela pessoa.

Após três toques, Tania atendeu.

“Diretor Azevedo, desculpe pelo mal-entendido. Vou pedir para minha família devolver o presente.”

“Tania, na verdade, aposto muito em você. Acho que você pode se destacar. Você não quer parar de ser humilhada no programa, não é? Desta vez alguém te ajudou, mas e na próxima?”

A voz de Hector era grave, mas carregava uma malícia oculta.

Tania olhou para a própria perna enfaixada, respirou fundo e disse: “Vamos deixar para próxima então. Agradeço a consideração, Diretor Azevedo, mas não sou digna.”

“E a saúde da sua irmã? Conheço um médico que pode curá-la completamente. Assim você não teria mais dívidas com ela, e sua vida seria livre de agora em diante. Você não quer isso?”

Hector falava com doçura, mas suas condições eram tentadoras demais.

Tania estava exausta e, naquele instante, tudo o que mais queria era romper aquelas correntes.

Ela abriu a boca, procurando dizer algo, mas o celular foi arrancado de sua mão e a ligação, cortada.

Ela ficou surpresa ao ver quem era.

“Sr. Jaques, Adriana.”

“Não aceite nada. Ele não se importa com você, só com sua aparência. A última mulher já sumiu.” Adriana alertou.

Tania voltou a si, forçando um sorriso: “Fique tranquila, eu não sou boba.”

“Não tenho medo que seja boba, tenho medo que seja forçada a fazer algo.”

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“Quem é?”

Do outro lado, a voz de uma mulher de meia-idade soava contente.

O contraste com o sofrimento de Tania era gritante.

A voz de Adriana ficou fria: “Família Serpa, certo? Gostaram do presente da Família Azevedo? Não quer ser uma mulher de respeito, prefere ser amante, é isso? Precisa que eu divulgue para todo mundo aí no seu bairro?”

“Você... você é da Família Azevedo? Você... Sra. Azevedo?”

Adriana não negou nem confirmou, apenas soltou um riso frio.

Dona Serpa acreditou na hora, e apressou-se em dizer: “Não é minha filha, é a Tania! Não tem nada a ver com minha menina! Minha filha é uma boa garota!”

Essas palavras deixaram Adriana surpresa por um instante.

Tania não era filha dela também?

Como podia ser tão parcial?

Ao ouvir isso, Tania baixou a cabeça e sorriu, um sorriso que era quase uma lágrima.