Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1298

Depois que saiu do quarto do hospital, o braço de Tania começou a doer intensamente.

Antônio, como médico, percebeu de imediato que ela estava forçando além do limite.

"Vou marcar uns exames pra você, não se arrisque a machucar o osso de novo."

"Obrigada."

Ao relembrar tudo que tinha acontecido, Tania ainda sentiu um frio na espinha.

Quando se virou para voltar ao quarto, caminhava sem forças.

Quase encostou na parede para se apoiar, mas uma mão segurou a dela antes disso.

Tania levantou o olhar e viu aquele homem de postura impecável, então sorriu levemente: "Obrigada, patrocinador…"

"Não precisa terminar a frase."

Bernardo a interrompeu imediatamente.

Tania suspirou de leve; esse homem não cedia a nenhum tipo de abordagem.

Ao voltar para o quarto, Bernardo saiu para procurar uma enfermeira e perguntar o horário dos exames.

Logo a porta se abriu. Tania pensou que Bernardo tinha voltado e se levantou sorrindo.

Mas, para sua surpresa, quem entrou foi Íris.

"O que você veio fazer aqui?" Tania olhou para ela friamente.

"Ela já foi levada pra casa pela mãe. Demos uma quantia pra ela, suficiente pra garantir que tenha um bom fim de vida."

O tom de Íris era tão leve quanto se estivesse falando de algo corriqueiro.

Tania soltou uma risada curta: "Nós? Você representa quem? A Família Azevedo?"

"Tania, não fala assim comigo. Quando você estava presa, fui eu quem te ajudou. Além disso, você não se aproximou do Diretor Alves também pra subir na vida? Qual é a diferença entre nós duas? Você só conseguiu chegar perto do Diretor Alves porque se parece um pouco com Dona Guerreiro."

Íris parecia desabafar uma mágoa antiga, falando sem pensar.

Tania ficou paralisada, como se tivesse sido atingida por um raio.

As palavras de Adriana ecoaram em sua mente.

"Era eu quem ela queria matar."

Tania gaguejou, a voz trêmula: "Você em relação ao Diretor Alves... Foi você quem usou aquela garota pra matar a Adriana. Foi você quem a forçou a se jogar da janela."

"Eu não forcei ninguém, Tania. Não me joga essa culpa só porque você está emocionalmente abalada. E com que provas eu poderia forçá-la? Esqueceu? A única prova capaz de pressioná-la você mesma apagou."

Íris sorriu friamente.

Negou tudo, menos o que sentia por Bernardo.

Tania finalmente entendeu que não adiantava tentar conversar com ela.

Ninguém consegue aceitar aquilo que está além de sua compreensão – essa frase nunca fez tanto sentido.

Não era à toa que Adriana tinha dito que Íris não teria um bom fim.

"Por que está me olhando assim? Está me desprezando? Quem você pensa que é? Acha mesmo que o Diretor Alves se importa com você?"

Íris, enfim, perdeu a compostura.

Ela cerrou os dentes, bagunçou os próprios cabelos, rasgou o vestido e se virou gritando por socorro.

Justo nessa hora, Bernardo entrou no quarto e franziu a testa ao ver a cena.

Íris se agarrou ao braço dele, com um olhar de vítima: "Diretor Alves, me ajude, a Tania está completamente descontrolada."

Então Tania entendeu por que Íris insistia tanto em dizer que ela estava emocionalmente instável.

Ela queria mesmo transformá-la em uma louca.

Tudo bem, ela poderia ser louca por um instante.

Empurrou Bernardo: "Sai da frente! Isso é assunto de mulher."

Bernardo assentiu e se afastou: "De fato, homem não deve se meter em briga de mulher."