Assim que terminou de falar, Bernardo largou a marmita e virou-se rapidamente em direção ao elevador.
Enquanto o elevador descia, ele imediatamente discou para Tania.
Depois de dois toques, Tania atendeu.
"Já vi o carro de que você falou, já estou quase chegando."
"Vai! Sai daí agora!"
"Tá bom."
Talvez fosse cumplicidade, talvez fosse confiança.
Tania respondeu sem hesitar, seu corpo já se virando para o outro lado.
Mas mesmo assim, ela foi um passo mais lenta.
"Ah…"
Do outro lado da linha, ouviu-se um barulho de queda.
Bernardo gritou: "Tania! Tania!"
Quando as portas do elevador se abriram, ele disparou para o estacionamento.
No final, ele encontrou o celular de Tania quebrado no chão do estacionamento.
Ele olhou ao redor, focou nas câmeras de segurança do canto e discou para Cristian.
"Verifica meu celular agora."
"Ok." Cristian digitou rapidamente no teclado, logo percebendo algo estranho. "Senhor, seu celular foi clonado por uma rede do exterior. Ficou conectado com Tania o tempo inteiro. Já cortei a conexão para você. Alguém chegou perto do seu celular recentemente?"
Bernardo apertou o telefone na mão, lembrando-se de que, pela manhã, a empregada derramara um pouco de água em seu celular e, depois, o enxugara com um pano.
Devia ter feito alguma coisa enquanto limpava.
"Verifica as câmeras do estacionamento do Hospital Antônio, agora."
Cristian então usou seus contatos no Antônio para acessar as câmeras do estacionamento.
"Senhor, as câmeras foram desligadas. Será que foi o diretor de novo?"
Da última vez, o diretor tinha ajudado Dona Azevedo a interceptar as câmeras.
"Alguma novidade da Família Azevedo nesses dias?"
Bernardo caminhou até a vaga vazia no canto do estacionamento, onde havia uma grande poça d’água no chão, deixada pelo ar-condicionado do carro ligado.
Pelo visto, estavam preparados há muito tempo.
Nesse momento, a voz de Cristian soou em seu ouvido.
"O barco da Família Azevedo chegou."
O rosto de Bernardo ficou sombrio: "Manda mais gente pra Cidade Rivazul."
"Sim, senhor."
"Eu não concordo."
Com a mão envolta em gaze, Jaques virou a página, exalando uma frieza intensa e indiferente.
O senhor andava de um lado para o outro.
"Absurdo! O noivado já foi anunciado. Se ninguém aparecer no barco, como a Família Torres vai ficar diante dos outros?"
"Que direito tem Rogério de usar o nome da Família Torres para um noivado? Se tivesse, por que você veio falar comigo?"
Jaques levantou o olhar, direto ao ponto.
"…"
O peito do senhor arfava violentamente.
Jaques, com frieza absoluta, continuou: "Quer usar meu nome para dar prestígio a ele, mas ele não merece."
O senhor ficou paralisado, tomado por uma raiva surda.
"Jaques! Você vai mesmo criar caso agora? A parceria entre Família Torres e Família Azevedo está prestes a acontecer. Um casamento só vai facilitar tudo, isso é para o bem de toda a família."
"E você já se perguntou por que a Família Azevedo está aceitando ceder tanto?" Jaques rebateu, encarando-o.
O senhor ficou calado, mas seus olhos queimavam com duas chamas sombrias, o olhar envenenado.
Jaques soltou uma risada irônica, o olhar gélido.
"Se você não quer dizer, eu digo. Ainda quer repetir o que fez há mais de vinte anos."

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Tô amando esse novo jaques....
Amoooooooo de paixão esse livro. Gostaria muito de poder escrever para a autora . É simplesmente perfeito 😍...
Mais mais mais...
Oi bom munto bom...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰...
Mais mais mais mais mais...
Na melhor parte acaba o capítulo...
Boom dia...
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...