Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 132

Evaldo encontrou Jaques em silêncio, tomando café no escritório de Antônio.

"Senhor Jaques, a Senhora Guerreiro foi levada pelo filho mais velho."

Os olhos de Jaques se estreitaram, e ele pegou seu celular para ligar para Adriana.

Estava desligado.

Ao som mecânico, a xícara de café quebrou nas mãos de Jaques. Um arrepio percorreu seu olhar, amedrontador.

Antônio deu uma olhada rápida nele: "Está apressado? Por que a pressionou antes?"

Jaques jogou a xícara quebrada no lixo, sem vontade de explicar.

Antônio apontou para o suéter dobrado sobre a mesa: "Você até deu esse suéter para ela vestir, isso era seu..."

"Está tão desocupado?" Jaques interrompeu, pegou o suéter e saiu.

Quando voltou para a casa dos Torres, já era muito tarde. Jaques ficou no quintal, acendendo um cigarro para si mesmo.

Evaldo olhou para o céu: "Senhor Jaques, vai chover logo, melhor entrar."

Jaques levantou os olhos para as nuvens escuras que cobriam a lua, expirou uma lufada de fumaça, mas seu olhar se desviava para um quarto escuro no quintal dos Tomás.

Ele tentou novamente o celular, mas na tela aparecia uma atualização de Lucas.

Uma frase, "Preguiçosa."

Uma foto.

Na foto, Adriana estava abraçada ao braço de Lucas, adormecida em seu ombro.

Seu perfil delicado, mesmo marcado por um arranhão, não perdia sua beleza, pelo contrário, adicionava um charme tocante.

Tão suave que dava vontade de proteger com todo o cuidado.

Jaques guardou o celular, tragou forte o cigarro, com um olhar mais intenso que a escuridão da noite.

...

O som da chuva a acordou. Adriana olhou para a pequena luz quente acima de sua cabeça, esfregando os olhos.

"Acordou? Beba um pouco de água." Lucas lhe ofereceu uma garrafa de água mineral.

Ela aceitou, envergonhada: "Desculpe, acabei dormindo sem querer."

Lucas sorriu: "Na verdade, eu que deveria me desculpar. Queria te mostrar as estrelas aqui na serra, mas acabou chovendo e nem a Estela você viu, a lua também se escondeu." Ele apontou para o teto solar.

Adriana assentiu, acenou para ele e entrou no quintal. Ela tentou voltar ao seu quarto sem fazer barulho, mas então, de repente, a luz se acendeu.

"Decidiu voltar?" Victoria estava sentada no sofá, claramente chateada.

"Mãe." Adriana se virou, e Victoria gritou ao ver seu rosto.

"Ah! O que aconteceu com seu rosto? Eu sempre disse que você deve cuidar do seu rosto, o que vamos fazer se ficar cicatriz? Eunice, aquela desgraçada, não vai ficar assim!"

"Pronto, pronto, já passou. O médico também disse que estou bem, se eu passar o remédio no horário não vai ficar cicatriz." Adriana interrompeu Victoria rapidamente.

Victoria não era páreo para Eunice.

Ela também não queria contar a Victoria sobre as ameaças de Eunice.

Victoria só relaxou quando teve certeza de que não ficaria cicatriz, baixando os olhos viu o casaco que Adriana vestia.

Ela levantou o braço de Adriana para examinar melhor: "Isso é... a roupa do Lucas, eu o vi usando isso de manhã, vocês dois estão...?"

Victoria tinha uma memória infalível para roupas, reconheceu imediatamente a peça de Lucas.

Adriana puxou seu braço de volta: "Mãe, tá louca? Não fala besteira."