Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1382

Depois de muita confusão, Jaques se lavou, vestiu-se e saiu para buscar Estela.

No entanto, não demorou muito para que ele voltasse.

Mas Adriana não sabia de nada disso.

Depois do banho, ela colocou um novo camisão de dormir que tinha recebido do jardim de Victoria e deitou-se.

Durante a agitação de antes, o quarto estava bem aquecido.

Naquele momento, ela ainda sentia calor.

Virou-se, pressionando o edredom sob as pernas, já meio sonolenta.

Assim que entrou no quarto, Jaques viu Adriana empurrando o edredom.

O camisão não era ousado, apenas um modelo simples de seda.

Só estava um pouco largo, o decote caía do ombro, encaixando-se perfeitamente, meio cobrindo, meio revelando.

A barra do vestido estava enrolada.

As pernas brancas e retas, ligeiramente dobradas, ainda marcadas por algumas manchas sugestivas, tornavam tudo ainda mais sedutor.

Jaques sentiu a respiração descompassar e foi ajeitar o decote dela.

Depois tirou a própria roupa, deitou-se ao lado e a puxou para seus braços, apertando-a firmemente.

Adriana acordou com o calor, semicerrando os olhos, disse: "E a Estela? Eu vou com ela para o quarto de hóspedes."

"Tua mãe disse que ela adormeceu vendo novela, está dormindo no jardim dela, deixa ela lá, não precisa ficar levando pra lá e pra cá."

"Ah, tá."

Adriana pensou que, com a noite esfriando, criança dormindo no vento podia resfriar fácil.

Levantou-se dizendo: "Então eu vou para o quarto de hóspedes."

Mal se mexeu, foi puxada de volta para o peito dele.

Ele sussurrou com os lábios colados ao ouvido dela: "Depois de dormir comigo, vai fugir de novo?"

Adriana despertou de vez, o rosto queimando.

"Quem tá se aproveitando de quem? Você é que tá levando vantagem."

Dizendo isso, Adriana tentou sair da cama.

Mas o homem segurou a cintura dela e se virou, fazendo com que Adriana acabasse sentada sobre ele. Aquela posição... Seu corpo ficou dormente, nem ousava se apoiar direito.

"Agora conta," Jaques murmurou em voz rouca.

"Você..."

Adriana ergueu o dedo para ele, os dedos ficando até avermelhados.

Jaques segurou a mão dela e a prendeu de novo em seus braços.

"Chega de brincadeira, dorme logo."

"Será que não vai dar problema?"

Adriana sabia que tudo o que tinha que acontecer já acontecera, mas ainda assim perguntou, sem muita convicção.

Tinha medo que Cesário arrumasse confusão.

Todo ano, nos feriados, o lugar vivia cheio de visitas.

Mas este ano, desde o problema com a Família Azevedo, se Jaques não tivesse percebido as intenções deles a tempo...

Ninguém sabia o que poderia ter acontecido.

Por isso, agora, ninguém sabia direito como lidar com o senhor.

Quando Jaques entrou, Rogério ainda estava lá, com aquele jeitão de bom filho sentado ao lado.

Jaques nem olhou para ele, sentou-se direto.

"O que foi?"

Vendo sua objetividade, o senhor também não se deu ao trabalho de rodeios.

Pousou a xícara de chá e perguntou, com voz imponente e fria: "Trouxe mãe e filha pra cá pra virar motivo de piada?"

A voz firme e gélida.

Até a empregada que servia o chá ficou hesitante, com medo de errar.

Jaques levantou a mão, recusando: "Não precisa, já vou sair em breve."

Assim que recebeu a mensagem, já sabia o que o senhor queria dizer.

Mas Adriana e Estela não deviam ser o tema daquela noite.

Jaques ergueu os olhos, encarando friamente o senhor.

No passado, não tinha rompido com ele porque queria garantir que Adriana tivesse uma vida tranquila na Família Torres.