Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1392

Assim que Adriana teve certeza de que não havia nenhuma mulher ao lado de Jaques, ouviu Sabrina soltar um "ferrou".

Logo depois, seus olhos cruzaram com um par de olhos negros e intensos.

Sem hesitar nem por um segundo, ela puxou Sabrina pela mão e saiu correndo.

Jaques não estava acompanhado de nenhuma mulher, mas havia ainda um homem sentado dentro do camarote delas.

Ao voltarem para o camarote, Adriana e Sabrina estavam ofegantes, tentando se acalmar uma à outra.

Sabrina disse: "Tinha tanta gente, mesmo que tenha visto, pode ter só passado o olho."

Adriana assentiu: "É, é, foi tudo muito rápido, a gente acabou se assustando à toa."

O homem que estava no sofá, imitando Jaques, levantou-se.

"Irmã, você tá bem?"

"Tô sim, me serve um suco, por favor." Adriana fez um gesto com a mão.

"Claro."

O homem serviu imediatamente um copo de suco e voltou a sentar ao lado de Adriana.

Com voz baixa, ele disse: "Não fica com medo, deixa que eu te dou na boca."

Adriana ficou surpresa, sem saber como reagir.

O homem achou que ela não ia recusar, e já estava com o copo quase encostado nos lábios dela.

Antes que Adriana pudesse dizer qualquer coisa, a porta do camarote se abriu de repente.

Ao ver quem entrava, todos ficaram paralisados.

Jaques!

Adriana também levou um susto, sentindo-se como se tivesse sido pega em flagrante. Apressada, afastou o homem à sua frente.

"Não é o que você tá pensando, eu posso explicar..."

Por que aquela frase parecia tão familiar?

Típico discurso de cafajeste.

Jaques entrou, lançando um olhar para o homem ao lado de Adriana.

Sentou-se friamente do outro lado dela.

"Pode continuar."

"Não precisa, não precisa." Adriana balançou a cabeça como um chocalho.

"Então, será que atrapalhei a diversão da Srta. Adriana?" Jaques semicerrava os olhos para o homem, "Faz do jeito que estava fazendo, continua."

"...Sim, Sr. Jaques."

O homem jamais pensou que, naquele dia, a brincadeira de faz de conta acabaria na frente do próprio dono da festa.

Será que ia morrer ali mesmo?

A roupa ainda era alugada.

E, como esperado.

Quando o homem chamou Adriana de "irmã" pela terceira vez, o olhar de Jaques se moveu, pousando levemente sobre Adriana.

Ele descobriu.

Adriana rapidamente interpôs o braço entre ela e o homem: "Você, come você mesmo, eu te dou a gorjeta, serve?"

O homem assentiu e parou.

Adriana virou-se para o outro lado, encarando Jaques.

"Sr. Jaques, aceita um suco?" Ela sorriu.

"Como assim, eu aceitaria? Não é mesmo, Srta. Adriana?" Jaques respondeu com frieza.

"É claro." Adriana lhe ofereceu o copo, explicando: "Hoje é a despedida de solteira da Sabrina, estamos só conversando, tudo tranquilo."

Jaques pegou o copo; o cristal parecia ainda mais translúcido entre seus dedos claros.

Ele olhou para ela, sério: "Tranquilo? Adriana, você entende dessas coisas, hein?"

Adriana mordeu os lábios, percebendo que tinha falado demais.

Ela pigarreou, criando coragem para encará-lo.

"Você também veio, não veio? E ainda disse que era compromisso de trabalho, desde quando compromisso de trabalho precisa de três contra um? Vai jogar truco?"

"Eu não pedi nada disso." Jaques olhou para Adriana com um sorriso enigmático, "E você?"