Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 153

"O quê?" - A expressão da Diretora Rocha endureceu, o rastro de seu sorriso desapareceu. Em um tom gélido, ela questionou: "Como assim?"

"Seu anel de camélia está no seu dedo mindinho, evitando todos os dedos associados ao amor."

"Há dez anos, seu marido recém-casado morreu em um acidente de carro. Contudo, havia outra pessoa no local: sua amante. Ela era uma mulher que amava camélias. Faleceu segurando firmemente a flor que ele havia lhe dado. Até mesmo esta Fazenda Camélia foi um presente que seu marido comprou, com o seu dinheiro, para ela. Agora, esta fazenda é como um troféu de guerra para você."

Dizendo isso, Adriana se aproximou do jardim queimado, virando bruscamente para olhar para a Diretora Rocha com uma expressão sombria.

Então, falou suavemente: "Diretora Rocha, estas flores estão especialmente bonitas."

Diretora Rocha respondeu com frieza: "Claro que estão. Foram cuidadas com dedicação. Mas o que isso tem a ver com você ter causado este incêndio?"

"Diretora Rocha passa um período aqui todos os anos, deixando de lado seus compromissos, vivendo em um sonho que já devia ter acabado. Para uma mulher com sua inteligência e determinação, é um desperdício. Não gosta de camélias, mas está presa a esta fazenda por causa de um homem. Não vale a pena."

Adriana falou, apertando os punhos, olhando para as cinzas que subiam no ar, sentindo um nó na garganta.

Parecia cheirar o aroma de um crematório.

No fim, será que alguma coisa disso vale a pena?

A Diretora Rocha soltou uma risada fria: "Que bela frase, 'não vale a pena'. Não esperava que você tivesse essa percepção. Queimou bem, queimou muito bem... Já era hora. Uma pena apenas pelos fertilizantes."

Ela acenou para o mordomo, com um tom de alívio: "Limpe tudo."

O mordomo assentiu: "Sim, senhora."

A Diretora Rocha então olhou para Adriana, dizendo com um sorriso: "Três dias para o projeto. Não gosto de esperar."

"Certo." - Adriana concordou.

Atrás dela, Luciana e Eunice ficaram tão chocadas que não conseguiram se expressar.

O incêndio fora iniciado por elas. Como Adriana conseguira transformar aquilo em uma vantagem?

Eunice mordeu os lábios com raiva. Mesmo com a explicação de Adriana sobre o motivo do fogo, ela não havia justificado o uso do isqueiro.

Ainda poderia dizer que ela tinha más intenções.

A expressão maligna de Eunice foi totalmente capturada por Adriana, que se antecipou à reclamação de Eunice e tirou algo do bolso diante de todos.