Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 205

Adriana apressou-se em ir até ele com a mão estendida, mas hesitou em tocá-lo, temendo causar-lhe dor.

"Irmão..."

O nariz de Adriana ficou sensível, e ela se sentiu ainda mais culpada.

Se não fosse por ela, Lucas não estaria assim.

Lucas olhou para ela, estendeu a mão, puxando-a para sentar-se ao lado dele na cama, e com um gesto, secou as lágrimas dos cantos dos olhos dela.

A temperatura caía muito numa noite de outono profundo, Adriana estava vestida de maneira leve, e ao correr até ali, seus cabelos ficaram um pouco desarrumados, alguns fios pendiam sobre seus longos cílios levemente úmidos, fazendo seus olhos vermelhos e úmidos parecerem ainda mais cativantes.

Sua mão hesitou por um momento no rosto dela, e com um sorriso consolador, ele brincou: "Está tudo bem, quer que eu desça para dar uma volta?"

Adriana rapidamente segurou sua mão, impedindo-o: "Não se mexa. Já está grande demais para brincar assim."

Ele a olhou sorrindo sem dizer nada, mas por um instante, seu olhar desviou-se para trás dela.

Quando Adriana percebeu e estava prestes a se virar, Lucas pareceu perder as forças e caiu em direção a ela.

Instintivamente, ela estendeu os braços e o segurou.

Lucas aproveitou para abraçá-la, dando tapinhas nas costas dela, sussurrando: "Não se preocupe, estou bem."

Adriana pensou que era apenas um consolo e não o empurrou.

Mas no segundo seguinte, o abraço de Lucas ficou mais apertado, sua respiração caía ao lado do rosto dela, trazendo um sussurro carinhoso.

"Adriana, quando sofri o acidente, eu realmente fiquei com medo. Medo de nunca mais te ver, a dor era tanta que só conseguia gritar seu nome. Não esperava abrir os olhos e te encontrar aqui, eu realmente senti sua falta."

Depois da última vez que Adriana ignorou as insinuações de Lucas, essa foi a primeira vez que ele expressou seus sentimentos tão diretamente.

Ela ficou meio perdida, suas mãos se moveram, quase empurrando Lucas instintivamente.

Mas Lucas a segurou firmemente, suplicando baixinho: "Adriana, por favor, não me afaste, tá?"

A mão de Adriana parou no ar, e depois de hesitar, ela a colocou nas costas dele: "Tá."

Enquanto caminhava, ela batia no próprio rosto, esperando que o irmão não a entendesse mal, ela realmente não queria mais causar-lhe dano.

Depois de se acalmar, Adriana chegou ao escritório do médico, mas não encontrou Tomás.

Depois de procurar por um tempo, ela viu Tomás na área de fumantes num canto.

Ela estava prestes a se aproximar para cumprimentá-lo, mas ao se aproximar, percebeu que havia outra figura imponente e fria ao lado dele.

Jaques.

Sob a luz, ele fumava, a fumaça branca tornava seu rosto bonito um pouco etéreo, revelando um ar de frieza.

"Jaques, Lucas ainda está machucado, deixá-lo ir assim é demais..." Tomás franziu a testa, sua voz cheia de relutância.

"Ele tem que ir, eu não vou deixá-lo ficar."

Jaques baixou os olhos, emanando uma frieza implacável.