Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 266

O sopro de Jaques, ao pronunciar as palavras, tocava suavemente o rosto de Adriana.

Ela, sentindo-se um pouco culpada, desviou o olhar.

Era evidente que ele sabia de tudo.

Adriana tentou cautelosamente dar um passo para o lado, querendo evitar a proximidade de sua respiração, mas ao se virar, encontrou um braço estendido à sua frente.

Ela não teve escolha a não ser ficar parada. Afinal, logo chegariam ao andar destinado.

Mas Jaques, como se tivesse lido seus pensamentos, se inclinou para frente, e sua respiração quente se espalhou em seu rosto.

Ela podia sentir a respiração escaldante dele fluindo sob seu nariz.

A respiração dele, o corpo dele… Tudo estava tão próximo dela que fazia sua pele suar nas costas.

Durante esse momento, ele ergueu a mão, afastando os fios de cabelo que caíam sobre seu rosto, e tocou seu rosto com delicadeza.

"E então?" - Jaques perguntou, sua voz grave e sedutora.

"Eu... Eu..."

Adriana, por um momento, não soube o que dizer.

"Já que você mencionou que eu te entreguei o cartão do quarto, não deveríamos fazer algo a respeito?"

"..."

Adriana subitamente levantou os olhos, surpresa. Ele sabia até sobre o cartão do quarto!

Embora sua voz permanecesse calma, ela sentia uma pressão que a fazia respirar mais rápido, como nunca antes.

Jaques semi-cerrou os olhos, com um brilho travesso neles, e disse suavemente: "Confusa?"

"Não..."

Adriana estava prestes a negar, mas antes que pudesse concluir, ele virou a cabeça e a encarou. Aproximando-se, seus lábios se tocaram.

O som de um ding soou - o elevador havia chegado.

Adriana pensou que estava salva, empurrando a pessoa à sua frente.

No entanto, ele apenas ergueu levemente a sobrancelha, a pegou nos braços, girou e fechou as portas do elevador.

"Seu…!"

Adriana percebeu que ainda era muito inexperiente para lidar com Jaques. Claramente, ela estava se entregando ao lobo de bandeja.

Ela olhou para suas próprias pernas, posicionadas ao lado da cintura dele, batendo em seus ombros com indignação.

Longe de sentir dor, seu olhar se tornava ainda mais intenso.

"Eu provei."

Ao ouvir isso, Adriana instantaneamente corou, sentindo-se tão quente sob o sol que quis tirar o casaco.

Ela rapidamente tomou um grande gole de café, mas no segundo seguinte, colocou a língua para fora.

"Quente, quente..."

Enquanto cobria a boca, a pessoa à sua frente se aproximou, segurando seu queixo como se estivesse suspirando.

"Abra a boca."

"Não precisa." - Adriana apertou os lábios e balançou a cabeça.

Jaques não lhe deu chance de resistir - pressionou seu queixo, forçando-a a abrir ligeiramente os lábios.

Ao levantar os olhos, percebeu que eles estavam incrivelmente próximos um do outro.

O vento ao redor cessou, e tudo ficou em um silêncio profundo. Seus olhos eram tão intensos quanto a noite, parecendo não ter fim.

Seus dedos se contraíram involuntariamente, e ela lambeu os lábios por reflexo.

Vendo isso, o homem aprofundou o olhar, sombrio e penetrante, e, lentamente, se aproximou ainda mais dos lábios de Adriana.