Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 278

O mordomo olhou para Cesário com um misto de dúvida e preocupação.

"Não foi o senhor quem ordenou a retirada das pessoas que a estavam vigiando? Ela não tentou nenhum truque para engravidar, nem se envolveu em nada comprometedor com o Sr. Jaques."

"Jaques é meu filho. Eu o conheço bem. Ele mentiu."

O mordomo assentiu imediatamente, hesitando antes de dizer: "Hoje teve o banquete de celebração do Grupo Pires. Nos bastidores, alguns boatos começaram a circular. Disseram que viram o Sr. Lucas e Adriana discutindo acaloradamente, cheios de sentimentalismo."

Cesário soltou um resmungo frio: "Desde o momento em que ela colocou os pés nesta casa, soube que isso não ia acabar bem. Eu não gostava dela, e agora está claro por quê."

O mordomo se inclinou e sussurrou baixinho: "Se a Adriana..."

Cesário estreitou os olhos, com o tom severo: "Faça exatamente como eu ordenei antes."

"Sim, senhor."

...

No dia seguinte, Adriana acordou com uma sensação de estranheza.

Como ela foi parar na cama?

Sem muito tempo para refletir, viu o horário e percebeu que estava quase atrasada. Correu para o banho.

Enquanto a água quente escorria, ela sentiu uma pontada de dor no pescoço. A marca de uma mordida ainda era bem visível, e os dentes deixaram um desenho claro na pele.

Pelo menos, com o inverno se aproximando, usar uma blusa de gola alta não seria um problema.

Mas, ao abrir o guarda-roupa, ficou perplexa.

Jaques!

Ele havia levado todas as suas blusas de gola alta e cachecóis!

Não.

Ele tinha pendurado o próprio cachecol no lugar mais visível.

Adriana vestiu a roupa com raiva, e, ainda mais irritada, enrolou o cachecol dele no pescoço antes de sair.

Furiosa, chegou ao estúdio com passos apressados, quase esbarrando em Luciana no caminho.

Luciana segurava uma caixa de papelão, como se estivesse no local para finalizar o processo de demissão.

Sua testa tinha um curativo, e marcas arroxeadas adornavam suas bochechas - provavelmente resultado de uma briga feia com os pais.

Ela não conseguia entender o motivo de tudo ter mudado de forma tão drástica.

Ela sorriu amargamente: "Luciana, em matéria de enganação, eu não chego nem perto de você. Sou grata pela sua ajuda no passado, quase te segui cegamente, mas e você? Como me tratou?"

"Não venha com essa conversa!" Luciana respondeu com raiva, entre dentes: "Você só me usava como um acessório para se destacar!"

"Me destacar?" Adriana deu um passo à frente, aproximando-se de Luciana com um olhar incisivo, avaliando-a de cima a baixo, de forma direta: "Desde quando eu precisei de você para me destacar?"

"Você..." - Luciana ficou tão furiosa que seu rosto ficou pálido.

"Luciana, se a única razão para você ter agido assim comigo foi essa, então só posso te dizer uma coisa: você colheu o que plantou." - Adriana disse com escárnio.

Luciana bateu o pé, rosnando baixo: "Adriana! Não se vanglorie! Eu não perdi! Um dia, você também será como um rato no esgoto, odiada por toda a cidade!"

As palavras de Luciana trouxeram à tona lembranças do passado em Adriana.

Um ódio profundo a consumia, corroendo sua alma lentamente. A sensação de estar presa em um beco sem saída, sufocada pela impotência, tomava conta dela.

Mesmo agora, ao relembrar daqueles momentos, sentia seu corpo sendo puxado e torturado pela dor que a consumia.

Adriana olhou friamente para Luciana, não se importando em dar o golpe final.