Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 282

Na verdade, depois de renascer e reencontrar Jaques, Adriana estava plenamente ciente de que, com suas habilidades atuais, não tinha a menor chance de competir com ele.

Ela sabia que só poderia começar a agir por conta própria, tentando abrir caminho passo a passo, na esperança de um dia vingar Estela.

Mas ela superestimou suas capacidades. Cada passo que dava parecia estar sob o controle de Jaques.

Tudo, absolutamente tudo, não passava de uma armadilha!

Adriana entrou no uber, desolada. Com o corpo rígido como um tronco seco, até que o motorista a chamou várias vezes, trazendo-a de volta à realidade.

"Senhorita, poderia confirmar o endereço do destino?"

"Rua das Fontes."

Sua voz estava fraca. Enquanto ela observava pela janela do uber as cenas que passavam em retrocesso, uma sensação de amargura a envolvia lentamente, até turvar sua visão.

Antes de se entregar à fraqueza, ela mordeu a parte de trás da mão com força, reprimindo qualquer emoção que não deveria demonstrar.

Ao chegar ao seu destino, Adriana desceu rapidamente do uber e entrou em uma loja de utensílios para café.

O balconista lhe entregou o conjunto de figuras do barrocas para café que ela havia encomendado.

Cesário adorava o café e também gostava de colecionar essas figuras.

Apesar de ter peças valiosas em sua coleção, Adriana sabia que era importante mostrar que se importava.

Mesmo sabendo que ele mal daria atenção.

Carregando o pacote, Adriana pegou outro uber em direção à Mansão Torres. Ao passar pela porta de vidro de uma loja, ela sentiu o peso do cachecol em seu pescoço.

Ela tocou o cachecol suavemente, e, embora fosse macio e quente, parecia mais uma corrente - aprisionando-a.

Adriana olhou ao redor e seguiu o seu caminho.

...

Na Mansão Torres.

Ao descer do uber, Adriana olhou para o grandioso portão à sua frente. Quando se preparou para usar o cartão, lembrou-se de que já o havia devolvido.

Um pouco constrangida, Adriana bateu na porta da sala de segurança.

Um dos seguranças, com quem ela tinha uma boa relação, sempre a recebia com cortesia:

"Sra. Guerreiro, que bom vê-la. Entre, por favor. A Sra. Marsha e o Sr. Lucas também já retornaram."

Ele sorriu, abrindo o portão para pedestres, convidando Adriana para entrar.

"Claro, sem problemas."

O segurança não fez mais perguntas, aceitando o pacote e entrando na sala de segurança.

Adriana encolheu os ombros, escondendo metade do rosto no cachecol, e apressou-se em direção à mansão.

Quando se aproximou da sala de jantar, ouviu o som de uma xícara de café sendo quebrada.

Seguido de uma repreensão furiosa de Cesário.

"Você ainda tem a coragem de pedir algo? Sua Família Pires causou um grande problema, por que a Família Torres deveria consertar isso para vocês?"

Adriana percebeu que não era o momento de entrar. Decidiu se afastar e esperar um pouco mais.

No entanto, o mordomo a chamou: "Sra. Guerreiro, você chegou."

Isso chamou a atenção de todos da sala de jantar.

"Já que você chegou, por que não entra? Está parada do lado de fora, escondida, fazendo o quê?" - Cesário disse, claramente descontente.

Adriana olhou para o mordomo, que estava com a cabeça levemente inclinada para baixo e sem expressão. Ela não teve o que dizer, apenas entrou obedientemente na sala de jantar.

Do lado de dentro, o senhor estava sentado em uma cadeira imponente, com as mãos firmemente apoiadas nos braços da cadeira, exibindo uma expressão séria e autoritária.