Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 313

Mas naquele momento ela tinha outras coisas mais importantes a fazer.

Se ela realmente fosse registrar o boletim de ocorrência, teria que se submeter a um exame médico. Por isso, precisava descobrir o que estava faltando em seu relatório.

Quando Adriana se levantou da cama, mal conseguiu se manter em pé, e suas pernas pareciam moles, como se tivessem se transformado em maria-mole.

Ela mordeu os lábios e, passo a passo, dirigiu-se ao consultório médico.

No meio do caminho, a porta do consultório se abriu de repente.

Antônio encerrou a ligação às pressas: "Você ficou louco? Que irresponsabilidade!"

Em sua pressa, ele passou por Adriana sem sequer notá-la.

Adriana olhou para ele se afastando, lembrando-se da pessoa que saiu correndo do vestiário, parecendo... e ao mesmo tempo não parecendo com ele.

Se o capacete de Antônio havia sido quebrado por Jaques, assim como os vários armários que foram atingidos, por que ele parecia naquele momento estar completamente bem?

E por que Jaques, sabendo do caso entre Antônio e Eunice, ainda confiava tanto em Antônio?

As dúvidas começaram a rondar a mente de Adriana.

Ela não se importou com a fraqueza de seu corpo e seguiu Antônio, apoiando-se pelas parede.

Antônio entrou em uma sala de emergência.

Adriana ficou do lado de fora, olhando pela porta entreaberta.

Havia uma fileira de camas, com diferentes pessoas deitadas nelas.

Antônio se dirigiu até uma cama no centro, puxando a cortina com força.

E começou a repreender a pessoa na cama: "Você enlouqueceu? Você fez uma corrida na floresta?"

Corrida?

Adriana sentiu um aperto no coração.

Como Antônio estava bloqueando a visão da pessoa na cama, ela não conseguiu ver claramente.

Uma enfermeira rapidamente segurou Antônio.

"Dr. Ferreira, acalme-se. O Dr. Breno tem seus próprios hobbies. Ele estava usando equipamentos de proteção. Tirando uma pequena fratura e alguns ferimentos graves no rosto, o restante são apenas escoriações."

Aliviado por saber que não era nada sério, Antônio deu um tapinha na pessoa que estava na cama.

"Levante-se, vou cuidar desses cortes em seu rosto."

"Foi o Sr. Jaques quem levou pessoalmente sua filha para a sala de cirurgia. Confirmamos o procedimento com ele várias vezes da realização. Esta é a assinatura dele."

"Sua filha morreu. Havia um medicamento que poderia ter evitado a infecção, mas o Sr. Jaques disse que não era necessário."

"Sinto muito, mas pelo menos o filho do Sr. Jaques foi salvo, certo?"

Certo?

Essas palavras perfuraram o coração de Adriana como um punhal.

Ela olhou para o médico que havia anunciado a morte de sua filha.

Se lembrando de seu rosto e da sua cicatriz.

Embora o Antônio daquele momento não tivesse a cicatriz, muitas coisas poderiam acontecer nos próximos oito anos para que uma cicatriz surgisse em seu rosto.

Por isso, Adriana acabou não dando muita importância ao fato.

Ela não poderia imaginar que havia identificado a pessoa errada!

Pediatra, Dr. Ferreira... isso explicaria a morte de Estela.

Quando Adriana estava prestes a desabar, duas mãos a agarraram por trás...