Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 356

Ao ouvir que Cesário havia chegado, Adriana imediatamente empurrou Jaques.

Jaques, com dificuldades de movimento, balançou no leito antes de se estabilizar, lançando um olhar sombrio para Adriana.

"Melhor voltar."

"Sim."

Adriana pensou por um momento e concordou.

Aquela situação, de fato, não era algo que ela pudesse explicar sozinha.

Mas, justo quando ela estava prestes a sair, a porta foi bruscamente aberta.

O senhor ao entrar e ver Jaques ferido, fitou-o com fúria incandescente.

Seu olhar se estreitou ao passar por Adriana, e com um movimento rápido, um tapa ressoou alto.

"É assim que você retribui a generosidade da Família Torres? Uma desgraça para a família!"

Adriana, ainda fraca, foi lançada contra a parede, vendo estrelas e com o canto da boca sangrando.

Mas o senhor não se deu por satisfeito e levantou a mão para bater novamente.

No entanto, foi abruptamente interrompido por Jaques.

A ação rápida fez com que a ferida em sua perna se abrisse, manchando o curativo de vermelho instantaneamente.

Ao ver isso, o senhor exibiu um olhar feroz: "Jaques! O que você quer dizer? Ela te colocou nesse estado, e eu não posso reagir?"

"Não é necessário."

O olhar de Jaques passou pelo rosto inchado de Adriana, sombrio de um jeito que dava calafrios, apertando a mão do senhor com mais força.

O senhor, sentindo dor, olhou para Jaques com incredulidade.

Pai e filho permaneceram nesse impasse.

Eunice, que entrou com o senhor, de repente correu e abraçou Jaques.

"Sr. Jaques, não se mexa, você está ferido."

Ela, entre lágrimas, se virou para o senhor, soluçando: "senhor, por favor, não fique bravo, Sr. Jaques só disse que se irritar por causa da Adriana não vale a pena!"

Ao ouvir isso, a palidez no rosto de Adriana se aprofundou, tornando o hematoma ainda mais evidente.

Ela levantou os olhos para Jaques, que apenas franziu a testa, sem explicar ou negar.

Jaques se encostou na cabeceira da cama, ainda pálido, mas com uma expressão assustadoramente calma.

Ele pegou um maço de cigarros do criado-mudo, sacudiu e colocou um cigarro nos lábios.

Antônio estava prestes a lembrá-lo de não fumar, mas ao encontrar seus olhos, recuou instintivamente.

Ao acender o cigarro, Jaques estreitou os olhos, e a chama do isqueiro dançou levemente sobre seu rosto. A luz se apagou, e uma nuvem de fumaça se formou diante de seus olhos.

"Todos saiam." Sua voz soou tranquila.

Antônio e Evaldo foram os primeiros a sair.

"Você também." Jaques levantou os olhos, seu olhar frio e impermeável fixo em Eunice.

Eunice sentiu um arrepio nas costas.

Ela sabia muito bem que o "todos" era especialmente para ela, como ela havia feito com Adriana.

Sem ousar retrucar, ela saiu do quarto.

No quarto, o aroma do tabaco se intensificava, enquanto Cesário franzia o cenho.

"Vocês estão me chamando para fora, é isso? Vão me cobrar explicações?"