Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 361

Antônio ficou paralisado quando viu claramente o capacete.

Ele havia encomendado uma especialmente para Breno, incluindo até mesmo uma inscrição feita por ele mesmo.

Que sempre ande em segurança.

Mas o Breno não estava se recuperando de uma lesão?

Com a curiosidade aguçada, Antônio se aproximou e foi então que ouviu os sons íntimos de um homem e uma mulher.

Ele estava prestes a se virar e sair quando acidentalmente viu o rosto da mulher na cama.

Eunice!

Antônio, furioso, deu um passo à frente com o cartão-chave na mão, mas depois saiu silenciosamente do quarto.

Jaques havia lhe dado o cartão-chave justamente para evitar que ele agisse impulsivamente.

...

No quarto do hospital.

Quando Jaques ouviu a porta se abrir, não ficou surpreso. Ele pegou dois cigarros e passou um para a pessoa que estava entrando.

"O quê?"

Antônio lançou um olhar amargo para Jaques, pegou o cigarro, mas nem conseguiu acender o isqueiro.

Jaques acabou acendendo o cigarro para ele.

Ele não era um fumante regular, então tossiu após a primeira tragada, suprimindo seu desconforto: "Quando você soube?"

Em silêncio, Jaques respondeu: "Deve ter sido quando se encontraram pela primeira vez em um motel."

"Isso foi..."

"A primeira vez que eles se viram."

"Cof, cof!" - Antônio tossiu de surpresa.

Breno sempre foi indisciplinado, desde pequeno. Não era surpresa que ele acabasse atraindo problemas com mulheres.

Mas Eunice era considerada uma dama de família distinta, noiva de Jaques, por que ela...

Percebendo a confusão de Antônio, Jaques informou: "Com habilidade para atuar, o que não se pode encenar?"

Antônio olhou para Jaques com certo remorso: "Sinto muito."

"Sem problemas. Eunice e eu sempre fomos apenas um acordo, pois eu devia isso a ela."

"Que tipo de acordo?" - Antônio perguntou, intrigado.

Jaques não entrou em detalhes, apenas tirou a cinza de seu cigarro: "Eu lhe contarei no futuro. Agora temos um assunto mais urgente."

"O que seria?"

Ao terminar de falar, Jaques jogou uma seringa usada na frente de Antônio.

"Não haverá uma terceira vez, ou terei de recolher o corpo de seu irmão."

Antônio olhou para a seringa, apagou o cigarro e sua expressão ficou ainda mais sombria.

Adriana hesitou por um momento, mas depois sorriu e seguiu Selena em direção ao restaurante.

No caminho, ela avistou Cesário entrando no elevador ao longe.

O Jaques também havia recebido alta?

...

Dentro da suíte.

Jaques estava lendo documentos à mesa quando uma tigela de caldo foi colocada à sua frente.

"Nenhum rancor pode durar uma noite entre pai e filho. Fiz este caldo com ervas medicinais para você, beba-o enquanto está quente."

Cesário se sentou lentamente, olhando para a perna de Jaques com um olhar preocupado.

Jaques deixou os documentos de lado e pegou a tigela, mexendo-a.

O aroma das ervas medicinais se misturava com o da carne, e a clareza do caldo indicava que ele havia sido cozido por pelo menos três horas.

"Resolvi o problema da mina, e os funcionários cuidarão do resto. Amanhã vou para casa."

"Só podemos falar de trabalho quando nos encontramos?" - perguntou o senhor, com os lábios apertados.

"Sobre o que o pai quer conversar?"

Ele tomou um gole do caldo calmamente.

"Você e Eunice estão juntos há tantos anos… Acredito que já seja hora de pensar em casamento."