Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 377

Ele magnetizava as pessoas, mas também instilava medo.

Jaques havia chegado.

Ele caminhou em direção a Adriana, quando Eunice subitamente virou a cadeira de rodas e se jogou em seus braços.

"Sr. Jaques, estou bem. Não culpe a Adriana. Eu só queria conversar com ela, afinal, estamos a apenas um mês de nos casarmos."

"Não há nada de importante para falar com ela."

Jaques falou com frieza, ajudando Eunice a voltar para sua cadeira de rodas.

Eunice franziu a testa, apoiando-se em Jaques: "Sr. Jaques, não fique assim. Afinal, somos uma família."

"Não somos." - Os olhos de Jaques não demonstraram nenhum sinal de afeto.

"Se não somos uma família, então ela seria uma estranha…?" - Eunice olhou para Adriana, fingindo estar em uma situação difícil.

Adriana sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Uma voz, como se fosse de outra vida, penetrou em sua mente.

"Adriana, você esteve ao lado do Sr. Jaques por oito anos, mas nem esse tempo foi suficiente para superar o impacto da minha chegada. Assim que voltei, ele mal podia esperar para que você abrisse caminho para mim e para o meu filho. Ele mesmo declarou..."

"Ele disse que nunca enxergou você e sua filha como parte da família, que vocês sempre foram apenas estranhas..."

Adriana cobriu o peito, respirando pesadamente, com seu rosto ficando cada vez mais pálido, fazendo com que seus olhos parecessem ainda mais vermelhos, como se fossem derramar sangue a qualquer momento.

"Fora! Sumam da minha frente!"

Ela avançou em direção a Eunice, mas, devido à sua fraqueza, caiu pesadamente no chão.

"Sumam daqui! Morram! Todos vocês!"

"Adriana! Calma! Você não deve se empolgar!" - Antônio correu para ajudá-la.

"Mate-o! Temos que matá-lo!" - Ela parecia uma pessoa completamente diferente, agarrada a Antônio: "Mate Jaques! Eu o odeio!"

Ela olhou para cima, encontrando o olhar frio de Jaques, que a encarava como se ela fosse uma estranha.

Três segundos depois, ele deu a volta na cadeira de rodas de Eunice e saiu sem expressar nenhuma emoção.

Adriana observou aquela silhueta se afastar com uma risada amarga, soltou um grunhido quando olhou para a agulha em seu braço e desmaiou completamente.

Antônio suspirou, carregando Adriana de volta para a cama do hospital, e olhou para a porta, irritado com a enfermeira.

O mordomo correu até a janela do carro, fazendo uma reverência respeitosa.

"Sr. Jaques levou Eunice, sem se preocupar com Adriana."

"O que você acha?" - Cesário se recostou em seu assento, com os olhos fechados.

"Talvez o Sr. Jaques tenha tido algum interesse por Adriana antes, mas agora o primeiro filho dele está envolvido, ele não vai deixar Adriana escapar."

"Haha." - Cesário abriu os olhos, rindo friamente: "Então, por que Adriana ainda está deitada ali, intocada? Estou quase perdendo o controle sobre Jaques. Então, antes que isso aconteça, eu não posso deixar uma mulher como Adriana manchar o nome da nossa família."

"Entendido." - O mordomo acenou com a cabeça.

...

No quarto do hospital, tudo estava quieto.

Um médico usando jaleco branco e máscara entrou no quarto e deu uma olhada em Adriana, que estava deitada na cama.

Ele então tirou uma seringa do bolso e a inseriu cuidadosamente no tubo intravenoso.

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