Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 394

Adriana terminou o banho e vestiu o roupão do quarto de hóspedes.

Olhando para o manto masculino arrastando no chão, ela se sentiu estranhamente intrigada.

Da última vez que veio, ela não havia prestado muita atenção aos detalhes da casa.

Só agora ela percebeu que não havia nenhum sinal de que Eunice tivesse morado ali.

Nem mesmo um indício de que uma mulher havia passado a noite naquele ambiente.

A Eunice nunca morou em sua casa?

Com essa dúvida, ela se deitou na cama e seus pensamentos foram rapidamente substituídos pela maciez do edredom de plumas de ganso.

Muito confortável.

Ela rolou de um lado para o outro e fechou os olhos.

Mas como teve dificuldade para se acostumar com a nova cama, ela se revirava sem conseguir dormir, limitando-se a contar estrelas com os olhos fechados.

Ele não sabia quantas estrelas havia contado quando ouviu o som de um copo caindo no chão no quarto ao lado.

Esse truque de novo!

Adriana resmungou friamente, virou-se e cobriu a cabeça com o edredom, decidida a ignorar o fato.

Ela não acreditava que um homem grande teria problemas em sua própria casa.

Mas depois de um tempo, o silêncio tomou conta do quarto ao lado.

Adriana espreitou para fora do edredom, olhando para o teto, ouvindo atentamente, mas não havia som algum.

Não poderia ser... Ele havia desmaiado?

Lembrando-se do aviso de Antônio, Adriana se levantou e correu para o quarto ao lado para bater na porta.

"Tio? Tio? Você está bem?"

"Tio, eu vou entrar."

Adriana abriu cuidadosamente a porta do quarto.

O interior estava completamente escuro, exceto por um fio de luz que vinha da fresta da porta, transformando o cômodo inteiro em um quarto escuro impenetrável.

Ela procurou o interruptor de luz sem sucesso e, adaptando-se à escuridão, entrou cautelosamente no cômodo.

Ela esbarrou no pé da cama e, seguindo o contorno da cama, quando sua mão tocou algo extremamente quente, percebeu tarde demais que havia tocado o corpo de Jaques.

Ela recuou de susto, paralisada no lugar.

Estranho, ela já entrou há tanto tempo, por que ele não teve nenhuma reação?

De repente, Adriana sentiu sua mão ser agarrada e puxada com força em direção à cama.

Quando ela tentou resistir, já estava sendo pressionada sob o corpo do homem.

"Adriana."

Ele abriu os olhos lentamente, com os cabelos úmidos de suor, e seus olhos, como se estivessem mergulhados em tinta, olharam profundamente para ela.

O olhar de Adriana encontrou o dele na luz, e seu coração acelerou quando uma sensação indescritível a envolveu.

Por um momento, ela sentiu como se estivesse vendo Jaques de uma vida passada.

Às vezes, ele olhava para ela com aquele mesmo olhar, profundo e complexo, como se tivesse muito a dizer, mas, no final, havia apenas um silêncio interminável.

Adriana franziu a testa, pronta para falar, mas Jaques quebrou o silêncio primeiro.

"Você está bem?"

"Tio, você teve um pesadelo. Eu estou bem, poderia me soltar agora?"

Jaques claramente relaxou: "Fico feliz que esteja tudo bem."

Adriana não tinha ideia do que ele estava falando. Ela só sabia que ele estava tão perto que ela mal conseguia respirar.