Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 419

No fundo, ele era conservador e extremamente sexista.

Quando ele viu seu filho, sempre o mais obediente, confrontando-o dessa forma, sentiu sua honra abalada.

Ele pegou a xícara que estava sobre a mesa e a jogou no chão, fazendo com que os cacos se espalhassem, silenciando todos que não ousavam respirar.

"Você está me desafiando? Como ousa falar comigo nesse tom?"

Tomás, ao contrário de sua humildade habitual, encarou-o diretamente, perguntando calmamente: "Pai, você não acha que é culpado pelo motivo de Lucas ter se tornado assim...?"

"..."

O senhor estava respirando pesadamente, com os lábios apertados e os dentes cerrados.

Lucas, que até então mantinha a cabeça baixa, pareceu perceber algo e imediatamente olhou para Tomás.

"Tio Tomás, o que você quer dizer com isso?"

Com um leve amargor nos lábios, Tomás respondeu: "É melhor que outra pessoa lhe diga."

Dito isso, ele olhou para a entrada da capela.

Três figuras se aproximaram lentamente.

Ao ver quem estava liderando o grupo, Lucas mostrou uma expressão incrédula.

Até mesmo os outros presentes ficaram assustados.

Adriana demorou um pouco para reconhecer o homem que havia visto em uma foto de família no escritório.

O pai de Lucas, Marcos Torres, que todos pensavam estar morto.

No entanto, o homem na frente deles tinha cabelos grisalhos nas têmporas e rugas ao redor dos olhos e da testa, uma visão muito diferente de Tomás, que era apenas dois anos mais velho.

Mas seu sorriso era contagiante, transmitindo afeto e bondade.

"Pai, você não estava morto?" - Lucas perguntou, trêmulo.

Marcos Torres olhou para ele, um tanto resignado, e assentiu: "Não morri."

Lucas, vendo a esperança, levantou-se e apontou para Jaques: "Pai, conte para todo mundo, foi Jaques que tentou te matar?"