Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 429

Ela ficou sem jeito de falar diretamente e, colocando a xícara de café de lado, disse: "Não quero mais, vou voltar agora."

Quem diria, Jaques colocou sua xícara de lado e se levantou também.

"Vamos, te levo até em casa."

"Não precisa, já estou me sentindo muito melhor."

Enquanto falava, Adriana, sem perceber, ajustou a calça que vestia.

Assim que se levantou, sentiu uma onda de desconforto, sabendo que seu período havia começado.

Jaques deu uma olhada rápida nela: "Vou chamar um enfermeiro para trazer uma cadeira de rodas e te levar até o banheiro."

"Tá."

Adriana ficou secretamente feliz por ele não ter notado nada.

Uma vez na cadeira de rodas, ela não pediu à enfermeira que ficasse com ela, afinal de contas, a enfermeira também estava muito ocupada.

Então, ela pegou emprestado um tampão e foi ao banheiro sozinha.

Para evitar quedas, ela se dirigiu ao cubículo para deficientes.

Para sua surpresa, havia alguém lá.

Quando estava prestes a procurar outro lugar, a mulher dentro do cubículo falou com uma voz suave.

"Oi, por acaso você tem um absorvente? Estou com dificuldades para me movimentar."

Dava para notar que a mulher estava realmente em apuros.

Adriana viu as rodas de uma cadeira de rodas elétrica para deficientes pelo vão da porta, percebendo que a outra realmente tinha deficiência.

Ela olhou para o absorvente em sua mão, pensando que geralmente o primeiro dia não era tão intenso e que provavelmente poderia aguentar até chegar em casa.

Então, ela passou o absorvente por baixo da porta: "Aqui está."

A mulher agradeceu: "Muito obrigada, sério, sem isso eu estaria numa situação bem embaraçosa."

"Não tem problema."

Com isso dito, Adriana se levantou da cadeira de rodas e entrou segurando a porta ao lado.

Pouco depois, ouviu-se o som da cadeira de rodas elétrica se afastando.

Quando Adriana saiu, encontrou uma nota de cem reais na sua cadeira de rodas.

Nossa.

Só por um absorvente, tanto dinheiro?

Enquanto pensava em devolver o dinheiro, sentiu uma dor súbita no baixo-ventre e ficou apoiada na cadeira de rodas sem conseguir se recuperar.

Uma enfermeira apareceu correndo: "Tudo bem com você? O Sr. Jaques me mandou trazer isso para você."

Adriana abriu a sacola à sua frente.

Dentro dela havia, na verdade, várias marcas de absorventes internos.

Ao passar pela pequena enfermeira que acabara de chegar, ela sussurrou: "Olá, você viu uma mulher em uma cadeira de rodas sair do banheiro?"

A enfermeira pensou um pouco: "Ela já foi."

A mulher assentiu e não disse mais nada.

Ela tinha sido chamada para a sua consulta pouco antes e não teve tempo de agradecer pessoalmente.

Bom, fica para a próxima.

...

No apartamento.

Assim que entrou, Adriana se lembrou de algo e imediatamente bloqueou o caminho de Jaques.

"Tio, eu vou descansar agora, não vou te reter, pode ir."

"Adriana, sua habilidade de se desfazer das pessoas está cada vez mais afiada, ou tem algo que eu não posso ver?"

"…"

Adriana hesitou, surpresa por ele ter adivinhado novamente.

Jaques semi-cerrou os olhos: "Eu não posso ver?"

Justo quando Adriana estava prestes a explicar, ele notou algo sobre o sofá.

"Não olhe!"