Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 444

Depois de ir ao banheiro, Adriana não voltou imediatamente para o camarote.

Ela sempre se sentia deslocada na atmosfera do lugar.

Especialmente porque Cesário a olhava com um olhar cheio de significado, como se a pressionasse a ir embora.

Adriana caminhou em direção à área de descanso no outro lado do corredor.

Ao abrir a porta de vidro, uma brisa fria a atingiu, fazendo-a encolher o pescoço e abraçar-se enquanto se apoiava no parapeito, contemplando a paisagem ao longe.

Quando seu coração acalmou, Adriana lembrou-se das responsabilidades que ainda tinha que cumprir e preparou-se para voltar ao camarote.

No momento em que se virou, ela se chocou contra o peito frio e duro de um homem.

Levantando levemente as pálpebras, encontrou-se com o olhar frio do homem, enchendo seu peito com um ar gelado que a fez tremer ligeiramente.

Adriana deu um passo para trás, tentando parecer calma enquanto olhava para o homem: "Tio, o que foi?"

Jaques não respondeu imediatamente, mas avançou até que a pressionou contra o corrimão, sem ter como voltar atrás.

Ele estendeu os braços, prendendo-a contra seu peito, seus olhos escuros cintilando com um brilho frio.

Sua primeira palavra foi carregada de escárnio: "Vestindo a roupa que eu comprei para você, aparecendo em festas com outros homens. Adriana, você é demais."

"Quanto? Eu te pago," Adriana respondeu.

Jaques sorriu, seus olhos tinham uma luz fria: "Pagar? Não precisa se incomodar, eu pego de volta com juros."

O coração de Adriana apertou, e instintivamente levantou a mão para resistir à sua aproximação, mas ele agarrou seu pulso e a puxou para si.

"Isso é o principal!" Jaques disse com um tom ameaçador.

"O que..."

Adriana não conseguiu terminar a frase antes que ele a beijasse com força.

Jaques puxou a faixa do seu casaco, suas mãos grandes passando pela abertura da roupa, agarrando firmemente sua cintura, apertando fortemente os lugares onde Bernardo havia tocado.

Como se quisesse quebrá-la ao meio.

O rosto de Adriana se contraiu de dor.

Quando ela começou a ficar sem ar, Jaques se afastou levemente dos seus lábios.

"Fique longe dele".

Adriana percebeu que ele estava tentando mudar de assunto, mas ainda assim, não pôde evitar de rir de si mesma.

"E você é simples? Pelo menos ele não me faz passar por situações constrangedoras."

Um brilho de gelo cruzou os olhos de Jaques e ele segurou o queixo dela: "Não pense demais."

Era sempre um beco sem saída.

Sua resistência sempre pareceu insignificante aos olhos dele.

Adriana lutou com força, sentindo que precisava de uma saída para sua frustração, ou ela realmente sufocaria.

Ela disse com raiva: "Por que o que você diz sempre tem que ser assim? Você gosta tanto de me controlar? Então vamos para o camarote agora, e eu direi a eles o que você fez comigo!"

"Controlar você? Ele deu a você um pouco de doçura, e você acha que isso é liberdade? Quer ficar com ele? Deixe-me dizer, isso é impossível!"

"E eu te digo, eu não me importo com o que você diz!"

Adriana era como um cavalo selvagem fora de controle, não queria mais ser contido por Jaques.

Ao ouvir, os olhos de Jaques abruptamente se estreitaram: "Você ainda me deve juros."