Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 478

Adriana ficou paralisada no lugar, incapaz de acreditar que, apesar de ter sido cuidadosa, ainda assim havia caído em uma armadilha.

Victoria pareceu se dar conta de algo e imediatamente se colocou na frente de Adriana.

"Não foi a Adriana, ela não sabe de nada."

Cesário apertou os olhos, irritado: "Então foi você! Afinal, o dinheiro foi depositado em sua conta."

Victoria ficou sem palavras e simplesmente chorou.

Adriana olhou para cima e encontrou o olhar do senhor.

Seus olhos astutos e autoritários não toleravam um deslize e demonstravam abertamente desprezo.

Adriana comprimiu os lábios, desviou o olhar e encarou Jaques sem expressão.

Seus olhos brilhavam com frieza enquanto ele calmamente tomava seu café.

"O que você tem a dizer, precisa que eu lhe ensine?"

Quando ouviu isso, Adriana inalou levemente, seus lábios tremeram e, quando tentou falar, a raiva a sufocou.

Era como uma corda - quanto mais ela queria escapar, mais apertada ela ficava.

Jaques se recusava a soltá-la, e quanto mais ele insistia, menos Cesário estava disposto a deixá-la escapar.

Ela olhou friamente para todos: "Não fui eu nem minha mãe."

"Você ainda tem a coragem de negar isso!"

Cesário não ficou satisfeito com a resposta dela - ele queria que Adriana se ajoelhasse e implorasse como um cachorro.

Em seguida, ela e sua mãe insistente seriam expulsas da Família Torres.

Assim que as palavras foram ditas, Adriana levou um banho de café quente jogado pelo senhor.

Ela não se esquivou. Pelo contrário, avançou lentamente, encarando-o com um sorriso frio. Com calma, pegou um lenço e começou a limpar o café derramado, umedecendo o papel aos poucos diante dele.

"Em primeiro lugar, o design da pulseira foi feito sob encomenda. Além de você, apenas o tio e a Sra. Alves sabiam disso com antecedência. Minha mãe e eu só soubemos do design no momento da entrega."

"Se fossem apenas algumas pulseiras, até poderia aceitar sua acusação de que fui eu quem as trocou. Mas estamos falando de dezenas delas. Considerando o trabalho necessário, seria impossível realizar essa troca em tão pouco tempo."

"Se analisarmos por esse ângulo, além de vocês três, parece que ninguém mais poderia ter feito isso."

O senhor ficou surpreso, como se não esperasse que Adriana fosse rebatê-lo.

Mas… isso importava?

Foi então que Quezia fez um som de desgosto.

"Eu achava que a Família Torres tinha regras rígidas, mas nunca imaginei que haveria pessoas assim - desonrando o nome da família."

"Quezia, já chega!" - exclamou Tomás com raiva.

"Sr. Tomás está com pena? Então, que tal você cobrir esse prejuízo?" - Quezia desafiou com um olhar.

Tomás não caiu na provocação e disse: "Victoria nunca faria algo assim. Se ela for embora, eu irei com ela. E garanto que vou descobrir toda a verdade."

Quezia tinha uma expressão tensa, parecendo descontente: "Senhor, eu só pedi justiça para nossa família, e agora virei a vilã."

"Tia, não fale mais nada, precisamos investigar isso." - Clarice franziu a testa e rapidamente interrompeu.

"De jeito nenhum. Se já têm coragem de te prejudicar agora, quem sabe o que mais farão no futuro?" - Quezia declarou em um tom severo.

Se a Família Torres não se posicionasse, seria realmente um caso de intimidação contra Clarice.

Cesário olhou para o mordomo e ordenou diretamente: "Traga o chicote da família. Bata nelas até admitirem a culpa."

"Por quê? Quem vocês pensam que são para forçar uma confissão?" - Adriana falou.

"Não temos esse direito, mas se sua mãe quiser fazer parte da Família Torres, ela deve seguir as regras da Família Torres. Se ela não quiser, pode ir embora agora!" - o senhor apontou para a porta.