Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 481

"Defendendo? Haha..."

Tomás riu friamente.

Ele era conhecido como a pessoa mais tranquila da Família Torres, sempre com um sorriso gentil no rosto.

Mesmo quando era repreendido pelo senhor, ele nunca reclamou.

Mas, naquele momento, seu sorriso era tão sarcástico que estava quase distorcido.

"Sr. Tomás, o seu pai tem um coração mole. Caso contrário, por que viria ver Victoria? Não o deixe triste." - interveio Quezia, tentando acalmar a situação.

Tomás respondeu friamente: "Isso é assunto da minha família, não preciso de sermões de estranhos."

O rosto de Quezia se retesou, e suas mãos se fecharam em punhos enquanto ela o encarava por um momento antes de soltar um resmungo.

"Como assim não tem nada a ver comigo? Sr. Tomás, já esqueceu? Ainda há assuntos pendentes com Victoria. Agora, de repente, ela desmaia? Confesso que estou bem curiosa."

"Quezia!" - gritou Tomás entre dentes.

"Chega!" - Cesário interveio com severidade: "Quezia está apenas fazendo uma suposição razoável. Caso contrário, como poderia ser tão coincidente?"

Tomás olhou para o senhor com espanto, e seus lábios entreabertos se fecharam em uma linha tensa.

"Saiam daqui!" - Adriana gritou.

Quezia alisou o cabelo e zombou: "Que temperamento! Qualquer um que não saiba pensaria que ela é a filha legítima da Família Torres."

Adriana, já sem paciência, lançou um olhar furioso para ela: "Quem você pensa que é? Que posição você ocupa na Família Torres? Precisa mesmo ficar pulando feito um palhaço de um lado para o outro? Se duas palavras não são suficientes para você entender, então vou dizer apenas uma!"

"Fora!"

De repente, o quarto do hospital ficou em silêncio.

Não foi só Quezia que ficou com a expressão feia - até mesmo o senhor se sentiu humilhado.

Ele levantou a mão para bater em Adriana, mas Bernardo o interceptou.

"Senhor, Clarice e eu já conversamos sobre isso e não pretendemos levar o caso da festa de noivado adiante."

"Sim. Afinal foi uma festa de noivado. Não quero criar nenhum desconforto, posso arcar com os custos." - Clarice se apressou em concordar.

Quezia, descontente, perguntou: "Vocês enlouqueceram? Como vocês podem deixar isso passar?"

Ela pegou tudo o que estava sobre a mesa e atirou em Jaques.

"Saiam! Saiam daqui!"

Jaques não se esquivou, e a faca de frutas passou perto de sua orelha, deixando um corte que rapidamente começou a sangrar.

Ao vê-lo sangrando, todos ficaram alarmados.

Até mesmo o senhor que antes era tão imponente ficou visivelmente preocupado.

Bernardo segurou Adriana por trás: "Adriana, se acalme."

"Saiam daqui primeiro. Ela está emocionalmente instável."

Jaques observou enquanto Adriana, sem forças, desabava nos braços de Bernardo. Ele deu um passo à frente, mas antes que pudesse se aproximar, Clarice o segurou.

"Sr. Jaques, o senhor está sangrando. Vamos sair e deixar a Adriana se acalmar um pouco."

No canto de seu olhar, Adriana viu Jaques sendo puxado por Clarice. Ele não hesitou, não olhou para trás - apenas se deixou levar e foi embora...