Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 497

"Ficou mais adequado em você do que em mim."

Clarice sorriu ao tocar o colar: "De verdade? Obrigada, Adriana."

"Não, não me agradeça." - Adriana respondeu, visivelmente desconfortável.

As palavras mal saíram de sua boca.

Quando uma voz fria foi ouvida.

"O que está fazendo?"

Foi o Jaques quem chegou.

Atrás dele estava Antônio, que tinha vindo para uma visita.

Ao ouvir a voz, Adriana se virou para encontrar os olhos escuros de Jaques.

Ele olhou para o colar no pescoço de Clarice com uma expressão sombria.

Clarice achou que Jaques estava falando com ela, então se aproximou rapidamente dele e disse: "Até a Adriana me deu um presente de Natal, então onde está o seu?"

"Eu trouxe algo para você."

A voz de Jaques estava extremamente calma e ele fez um aceno de cabeça para Evaldo.

Evaldo lhe entregou uma caixa comprida.

Clarice não conseguiu conter o sorriso em seus lábios e olhou para Adriana.

Não era uma expressão de orgulho, mas um olhar de compartilhamento ao receber um presente de um ente querido.

Mas quando a caixa foi aberta para revelar um colar de diamantes, o sorriso de Clarice congelou em seus lábios.

Alguns segundos depois, Adriana chegou a ouvir Clarice se consolando.

"Parece que ouvi errado. Então não era um colar de pérolas, e sim um colar de diamantes - muito brilhante."

Adriana abaixou a cabeça em silêncio, com o coração partido.

Ela também era uma mulher, então como não ver a decepção de Clarice?

"Vou colocá-lo em você." - Jaques disse calmamente.

Os olhos de Clarice brilharam e ela sorriu ao levantar os cabelos: "Certo."

Jaques tirou o colar de pérolas do pescoço e colocou o de diamantes.

No segundo seguinte, ele se virou e encarou Adriana com olhos sérios, segurando o colar de pérolas: "Pegue-o de volta."

Adriana olhou para o colar de pérolas, mas não o pegou.

As pessoas passavam, e os dois continuaram ali, em um impasse.

Evaldo, preocupado com a possibilidade de alguém perceber, lembrou-o rapidamente: "Sr. Jaques, todos estão esperando que o senhor comece a peça."

Ao lado, Antônio olhou para a marca vermelha no pescoço de Adriana e imediatamente percebeu algo.

O inevitável havia chegado.

Ao ouvir isso, Adriana sentiu seu estômago revirar.

No passado, ela teria sido capaz de refutá-la, mas naquele momento... ela mesma havia confirmado a acusação.

Ela soltou uma risada fria: "Tenho que lhe agradecer. Se não fosse por seu empurrão, eu não teria me tornado o que me tornei."

"Haha! É mesmo?" - zombou o senhor, com um olhar cheio de significado: "Você deixou a Família Torres de mãos vazias e logo caiu nas mãos de Jaques. Se ele tinha provas, por que não as apresentou imediatamente? Por que esperou até que você ficasse sem nada para fazer e o procurasse?"

"..."

O rosto de Adriana ficou pálido como papel, seu estômago se contorceu e cada parte de seu corpo doeu, como se ela quisesse se encolher.

O senhor olhou para ela com frieza: "Consegue entender? Você é apenas um brinquedo nas mãos dele. Isso é só um tipo de alegria, é apenas... diversão, os homens adoram brincar. E o que você é?"

Adriana pensou em duas palavras: um brinquedo.

Quando voltou a si, o senhor já havia saído.

Ela não conseguiu mais se conter e caiu no chão, com os olhos, antes tão vivos, naquele momento vazios e sem brilho. Ela levantou a cabeça e soltou uma risada autodepreciativa.

No mesmo instante, seu celular vibrou duas vezes.

"Adriana, tem certeza de que quer fazer isso?"

"Tenho certeza."