Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 502

Na mansão.

Naquele momento, a casa foi reduzida a um esqueleto carbonizado.

Depois que os bombeiros apagaram o fogo, o jardim ficou inundado.

A lama escorria, tudo estava enegrecido, e, naquele instante, tudo se desfez em ilusão.

Evaldo comentou com cautela: "A Sra. Guerreiro fez um dispositivo de atraso na cozinha com uma vela. Quando as pessoas perceberam, já era tarde demais."

Jaques estava parado impassível na frente da casa, enquanto o vento frio bagunçava seus cabelos e fechava seus olhos como um rio gelado.

Na fumaça espessa, ele quase podia ver duas figuras, uma grande e outra pequena, sob a viga enegrecida.

Ele estendeu a mão para tentar alcançá-las, mas ouviu a voz de Adriana.

"Jaques, eu odeio você."

"No dia em que me mudei para cá, eu já queria incendiar este lugar."

Adriana havia conseguido.

Ela tinha queimado tudo naquela casa até que não restasse mais nada.

Junto com aqueles dias de bons sonhos.

De repente, Jaques pensou em algo e, ignorando a lama no jardim, correu para a horta.

O solo, lavado pelo jato de água, expôs as sementes que ele havia plantado dias atrás.

Jaques se agachou e pegou um punhado de terra, cuidadosamente retirando as sementes de dentro.

Com um leve aperto, todas se desfizeram em sua mão - estavam podres.

Ele abaixou a cabeça, cerrando os punhos: "Elas estavam maduras."

A primavera nunca existiu.

Adriana nem sequer permitiria compartilhar o dia seguinte com ele.

Ela realmente o odiava. Planejou destruir tudo para depois se suicidar.

E naquele momento ela se esqueceu de tudo.

O rosto de Jaques ficou pálido, seus lábios ficaram vermelhos como sangue e ele caiu no chão.

O ferimento em sua cintura já havia deixado uma grande mancha de sangue.

"Sr. Jaques!"

...

Jaques baixou os olhos e acendeu o isqueiro para cigarro.

Quando Antônio ouviu isso, ele respirou fundo e bateu no isqueiro: "O que você quer dizer com isso?"

Com o cigarro entre os dedos, Jaques respondeu friamente: "Ela se lembrará em breve."

Quando ouviu isso, Antônio agarrou os registros médicos em suas mãos, com o rosto tenso.

"Lembra-se do quê? Como ela chegou ao ponto de se suicidar? Você realmente não está vendo? Ou está fingindo que não vê?"

"Você é tão inteligente que realmente não percebe que ela está se autodestruindo?"

"As marcas de arranhões em seu corpo foram por acaso causadas por alergias? Suas mãos vermelhas e inchadas foram geradas porque ela gosta de limpar?"

"A cada contato seu, a culpa dela em relação à Sra. Alves aumentava e sua autodestruição se intensificava."

"Aquele colar de pérolas, ela escolheu ferir a própria pele para tirá-lo e devolvê-lo. Não, para dá-lo à Sra. Alves, como você não percebeu?"

"Você sempre pensou que poderia protegê-la e, de fato, ela sobreviveu, mas seu coração já está morto."

"Jaques, sei que você tem muitas responsabilidades e precisa pesar muitos prós e contras, mas ela é apenas uma mulher comum."

"Tantas pessoas a criticaram, a machucaram… Até mesmo Bernardo Alves, que mal a conhecia, teve a coragem de defendê-la, e só você foi incapaz de protegê-la abertamente!"

"Porque sua posição não permitia isso, sua família não permitia isso, o casamento iminente também não permitia isso... muitos motivos."