Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 514

Adriana não conseguia entender o significado de suas palavras.

Mas antes que ela pudesse perguntar, Jaques atendeu o telefone apressadamente.

Do outro lado da linha, a voz suave de Clarice soou.

"Quando você vai voltar? Estou esperando por você."

"Já estou voltando."

Nem mesmo Jaques percebeu que, no instante em que a ligação foi atendida, seu tom de voz se suavizou e, instintivamente, ele soltou a mão de Adriana.

Adriana baixou o olhar e esfregou o pulso, saindo do carro em silêncio enquanto ele estava distraído.

Quando Jaques desligou o telefone, Adriana já havia desaparecido.

Ele olhou para Evaldo: "Quando ela foi embora?"

Evaldo respondeu com resignação: "Quando você atendeu o telefone."

"O que ela disse?"

"A Sra. Guerreiro... não disse nada." - respondeu Evaldo, quase em um sussurro.

Ao ouvir isso, Jaques se inclinou para trás, desaparecendo na escuridão, acendendo um cigarro em silêncio.

Ele parecia um fantasma na neblina, silencioso e discreto.

"Vamos voltar. Amanhã, encomende um buquê de flores para mim."

Sua voz estava rouca e tensa.

...

De volta ao Costa Royal.

Assim que ele entrou, foi recebido por um delicioso aroma de comida.

Logo, um vulto correu em sua direção e se jogou nos braços de Jaques.

Era a Clarice.

"Por que você demorou tanto? Você disse que a empresa ficava aqui perto. Fiz um caldo especialmente para você, tome-a enquanto está quente."

Jaques se afastou discretamente, aumentando a distância dos dois, murmurando um "ok" antes de passar por Clarice.

Clarice sentiu o forte odor de cigarro em Jaques e franziu ligeiramente a testa.

"Você teve algum problema no trabalho?"

"Não."

O rosto de Jaques estava frio, claramente sem vontade de continuar o assunto.

Clarice permaneceu sentada em silêncio, olhando para ele com devoção.

Embora estivesse tão perto, parecia que nunca conseguiria alcançá-lo.

Clarice encostou a bochecha nas costas de Jaques, com a voz embargada.

Jaques soltou gradualmente a mão dela, como se estivesse consentindo.

Seus olhos se encheram de lágrimas, sentindo que finalmente havia sido aceita pelo homem que amava.

Mas quando ela tentou desabotoar sua camisa com cuidado, o homem que estava na sua frente afastou a sua mão.

"Clarice, preciso lhe dizer uma coisa."

"O quê?"

A mão de Clarice parou no ar, e seu rosto estava completamente pálido. Cada palavra saía como se estivesse consumindo toda a sua energia.

Percebendo seu estado abalado, Jaques a segurou e ajudou-a a se sentar.

"Acalme-se primeiro. Vou pegar um copo de água para você."

Clarice observou a figura de Jaques se afastar, com as lágrimas caindo sem parar, já imaginando o que ele iria dizer.

Uma dor intensa tomou conta de seu peito, insuportável a ponto de fazê-la cair da cadeira.

Quando Jaques voltou com o copo de água, encontrou Clarice caída no chão, com o rosto pálido como papel.

…

No pronto-socorro do hospital