Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 55

Eunice mostrou uma ponta de impaciência enquanto dizia: "Sr. Jaques, seu pescoço..."

Adriana, do lado de dentro, ficou curiosa. Queria ver como Jaques reagiria sendo questionado pela mulher que claramente amava.

Olhando discretamente, seus olhos acabaram se cruzando com os dele. Um par de olhos negros e penetrantes que a fizeram sentir-se invadida, como se um perigo silencioso pairasse no ar.

Jaques tocou calmamente a marca no pescoço e respondeu com desdém: "Bati em alguma coisa."

Adriana sentiu um arrepio subir pela espinha e rapidamente fechou a porta, apoiando-se nela enquanto tentava recuperar o fôlego.

Do lado de fora.

Eunice ficou chocada. Era a primeira vez que Jaques a tratava de maneira tão evasiva.

"Algum problema?" - Jaques perguntou com um olhar baixo. Seus cabelos levemente desordenados caíam sobre sua testa, adicionando um ar de malícia.

"Não."

Eunice sorriu obedientemente e se virou para deixar o quarto.

Seus passos apressados revelavam sua ansiedade. Ela sabia muito bem que os sons abafados que ouvira através da porta não eram de apenas uma pessoa.

Havia outra mulher no banheiro!

E o que a deixava ainda mais furiosa era que Jaques estava protegendo-a!

Quem poderia ser?

Um lampejo de raiva atravessou seus olhos quando ela notou algo no canto da sala, atrás do sofá.

Ao se aproximar, reconheceu o objeto.

Uma bolsa feminina.

E, para sua frustração, era de Adriana.

Era ela novamente!

Eunice, furiosa, não se importou com sua imagem e chutou a bolsa, espalhando seu conteúdo.

Olhando para os itens espalhados, seus olhos ardiam de desprezo.

De qualquer forma, Adriana, essa inválida, não precisaria deles!

...

Adriana, ouvindo os passos de Eunice se afastando, abriu a porta silenciosamente. Seus olhos encontraram Jaques encostado no batente, segurando algo pequeno entre os dedos.

Seu rosto corou instantaneamente ao reconhecer o objeto. Tentou pegá-lo, mas foi pressionada contra a porta pelo corpo dele.

O vapor do banheiro envolveu os dois, elevando a temperatura de seus corpos e adicionando um tom de intimidade.

Ele se aproximou dela: "Diga o que você disse antes."

A respiração quente do homem cercava Adriana.

No carro.

Eunice estava inquieta, tentando formular uma desculpa plausível para sua presença na casa quando Jaques fez uma ligação para a Mansão Torres.

O mordomo atendeu: "Sr. Jaques."

"A empregada responsável pelo salão de café está demitida."

"Aconteceu algo, senhor?"

"Ela não sabe diferenciar os cafés. Para que mantê-la?"

"Entendido."

Ao desligar, Eunice manteve-se imóvel, contendo o fôlego.

Ela tinha pedido à empregada para trocar o café porque gostava dessa marca e sabia que Adriana o detestava.

Ela apertou os punhos, incerta se Jaques tinha feito aquela ligação de propósito para que ela ouvisse.

Ela simplesmente não conseguia entender o que se passava na mente do homem à sua frente.

Chegando à universidade.

Eunice não demorou como de costume para sair do carro, e saiu rapidamente.

Jaques também não deu importância, apenas acenando para o motorista ir embora.