Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 572

"Se chantagear? E como você pretende pagar por isso?"

Jaques fixou seu olhar em Adriana. O seu rosto permanecia impassível, mas os olhos revelavam uma tempestade interior.

Adriana ignorou o olhar dele, e falou com uma voz tranquila: "Quanto custa sua bengala? Envie-me a conta, eu lhe pagarei. Tenho coisas a resolver, e tenho de sair agora."

Dito isso, ela afastou o braço que ele usava para bloquear seu caminho e se preparou para sair.

Jaques não a impediu, e apenas soltou um grunhido.

A Sua mão que segurava o pilar se fechou num punho e seu corpo alto se curvou levemente, como se estivesse suportando uma dor intensa.

Adriana olhou para ele, e as suas mãos se levantaram instintivamente. Mas depois, congelaram.

Ela controlou-se para se virar com indiferença.

Mas, ao dar o primeiro passo, o seu pulso foi agarrado por ele.

O corpo de Jaques pressionou fortemente contra Adriana por trás, e a sua respiração se tornou mais pesada ao lado de seu ouvido.

"Não vá."

A garganta de Adriana travou por um momento. Ela engoliu em seco e tentou se soltar de sua mão.

Assim que ela tocou as costas da mão dele, sentiu uma camada de suor frio, e até mesmo os dedos dele tremiam levemente.

Adriana imediatamente percebeu que algo estava errado. Segurou sua mão e virou-se para perguntar: "O que está acontecendo com você?"

Jaques ficou em silêncio como se não tivesse ouvido a pergunta.

Seu olhar estava fixo no rosto dela, e a escuridão em seus olhos deu lugar a uma onda avassaladora de emoção.

No segundo seguinte, ele sacudiu firmemente a nuca de Adriana, aproximando-se, pairando sobre seus lábios.

"Essa pergunta é por preocupação comigo ou por medo de mais se chantagear?"

A voz grave dele gradualmente tornou-se distinta. Parecia sussurrar diretamente em seu ouvido.

Ela voltou a si, e os seus olhos encontraram os dele.

Não sabia se era uma ilusão, mas achou que Jaques parecia pálido.

No entanto, lembrando-se do passado, ela sentiu que não tinha o direito de perguntar muito.

Jaques disse com um olhar enigmático, "De quê você tem medo? Em que está pensando?"

"Nada!" Adriana negou veementemente, ajudando-o com resignação. "Vamos."

Jaques olhou discretamente para as orelhas de Adriana, entrando na adega sem fazer barulho.

A adega estava repleta do aroma de vinho, misturado com a luz quente, e tinha uma atmosfera indescritível.

Adriana o ajudou a se sentar no sofá da área de degustação. Em seguida, foi até a porta.

Jaques recostou-se no sofá, relaxado e despreocupado.

Com os dedos na testa, ele a observou profundamente: "Por que está tão longe? Acha que posso te devorar assim?"

Adriana permaneceu onde estava. Ela não queria complicar mais as coisas com Jaques novamente.

Vendo que ela nem queria conversar, Jaques ficou com um olhar sombrio. Sem dizer uma palavra, esforçou-se para pegar um copo d'água.

No entanto, assim que pegou o copo, caiu na mesa, fazendo um barulho alto.

Adriana quase se aproximou por reflexo e serviu uma xícara de chá para ele.