Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 706

Jaques demorou um momento para se recuperar e olhou ao redor do quarto do hospital.

"Cadê a Estela?"

"Que Estela? Eu sou a Lua, então!" Antônio achou que ele estava delirando.

"Minha filha", respondeu Jaques.

Antônio ficou surpreso e olhou para Evaldo: "Pronto, deu tilt na cabeça dele."

Jaques esfregou a testa, puxou o travesseiro debaixo da cabeça e o jogou.

Antônio se esquivou: "Fica quieto, se não fosse o Evaldo ir te procurar, você já era. E você acorda procurando filha? Eu e o Evaldo não temos esse poder."

"É a garotinha dos meus sonhos que queria roubar meu rim," Jaques estreitou os olhos.

"Ela é sua filha? Por que ela ia querer meu rim? Não sabe que cada um paga pelo que fez?"

Antônio fazia piada, mas de repente percebeu que algo estava errado, seus olhos se arregalaram ao olhar para Jaques.

Ele se aproximou e disse: "Espera aí, sonharmos com a mesma garotinha já é esquisito, mas você saber o nome e quem ela é, como assim?"

"Não sei."

Há muitas coisas no mundo que a ciência não pode explicar.

Jaques respirou fundo e continuou a perguntar, "Como estou agora?"

Antônio voltou ao assunto e pegou um relatório médico.

"Esse sonho foi quase premonitório, olha seu exame de sangue..."

Jaques deu uma rápida olhada, e sua expressão de preocupação se desfez um pouco.

Evaldo, no entanto, não relaxou, e disse preocupado: "Emilia Sequeira ainda não foi encontrada."

"Por enquanto, mantenha isso em sigilo," Jaques aconselhou.

"Certo."

Nesse momento, o celular de Antônio tocou.

Ele olhou para a tela, mas meio sem jeito colocou-o de lado.

Mas Jaques notou o gesto.

"O que foi?"

"É que... é o convite de noivado da Adriana com o Diretor Alves," Antônio respondeu com receio.

Jaques ficou em silêncio, seu olhar se perdeu em pensamentos, como águas paradas de um lago encoberto por nevoeiro.

"Entendi."

O motorista parou na entrada de uma viela.

"Sra. Victoria, o caminho é estreito demais para o carro."

"Tudo bem, vamos a pé."

Adriana ajudou Victoria a descer, olhando para a rua um pouco desarrumada, sentiu-se um pouco apreensiva.

"Mãe, esse médico é confiável?"

"A família dele é de médicos há gerações, ele só não quer sair daqui por nostalgia, então trouxe a clínica para casa."

Victoria puxou Adriana para dentro.

Pararam na entrada de um pequeno pátio, onde já havia uma fila, indicando a fama do médico.

Após dez minutos, um jovem saiu para oferecer água a todos.

"Sou aprendiz do senhor, ele já está se preparando, por favor, tomem um chá enquanto esperam."

Adriana e Victoria pegaram o chá e agradeceram com acenos.

O rapaz as olhou de cima a baixo.

"É a primeira vez de vocês aqui, não é?"