Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 837

"Adriana, deu ruim, a funcionária disse que a pousada foi quebrada."

Adriana ficou paralisada por um instante, pegou o celular que estava no sofá.

Só então percebeu que, na hora de fazer Estela dormir, tinha deixado no modo vibrar e esqueceu de voltar ao normal.

A tela estava cheia de chamadas perdidas e mensagens da funcionária.

"Chefa, os pais do Dr. Pinto ficaram loucos, trouxeram a família inteira, até tia-avó, e começaram a destruir tudo, assustaram os hóspedes!"

"Já estou voltando."

Adriana sabia que, se não resolvesse logo o problema com Plácido, seu negócio não ia durar muito.

Ela tinha decorado cada cantinho da pousada com carinho e não ia deixar ninguém estragar aquilo.

"Mariza, cuida um pouco da Estela pra mim, vou ter que dar um pulo lá."

"Nem pensar, vou contigo. Os pais do Plácido são terríveis na língua, se você não der conta, eu ajudo." Mariza respondeu, preocupada.

Jaques pegou Estela no colo e a entregou para Evaldo.

"Vou ligar pro Antônio vir aqui, ele e o Evaldo cuidam da Estela juntos. Eu vou com vocês."

Adriana olhou para Estela, que não se importava com Evaldo nem com Antônio.

Era verdade, era melhor ter um homem junto nessas horas.

"Mas e você, Jaques, por causa do seu trabalho..."

Com toda a prática, Jaques tirou uma máscara do bolso e colocou no rosto. "Vamos logo."

Adriana não disse mais nada, puxou Mariza e saíram correndo para a pousada.

...

No caminho, Adriana foi pegando mais detalhes com a funcionária.

Plácido tinha sido demitido do hospital.

Quando os pais da família Pinto souberam, ficaram completamente descontrolados.

Perguntaram o motivo e Plácido não quis explicar de jeito nenhum.

Aí começaram a lembrar dos comentários do Plácido na internet, dizendo que gostava da Adriana.

"Hã?"

Adriana quase não entendeu.

Mariza a puxou, apressando ainda mais o passo.

Na porta da pousada, o balcão que Adriana tinha desenhado estava com o vidro quebrado; ela nem sabia ainda se tinham roubado alguma coisa.

Três funcionárias e alguns vizinhos tentavam segurar o pessoal da família Pinto.

Uma das funcionárias gritava, indignada: "Dona Pinto, não faz isso! Foi o Plácido que falou na internet que gostava da nossa chefa. Ela sempre deixou claro que não tinha nada com ele."

"Mulher solteira e grávida fala isso mesmo, se não, como vai segurar homem?" Flavia Oliva Pinto respondeu, de braços cruzados e cheia de raiva.

"É, se não tivesse dado em cima do Plácido, por que ele vinha aqui todo sábado?" rebateu Endrigo Pinto.

"Vocês não podem falar assim! O Dr. Pinto sempre vinha pra conversar sobre a saúde da Estela, nossa chefa sempre recebia ele com café e bolo, nunca aconteceu nada demais."

"Ela só quer usar a criança pra se aproximar do Plácido. Olha a cara dela, não parece boa gente! Mulher que abre pousada, vende essas pedrinhas coloridas, ninguém sabe de onde vem o dinheiro!" gritou Flavia. "Se ela não aparecer agora, eu destruo tudo aqui!"

Dito isso, o povo da família Pinto começou a quebrar tudo de novo.