Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 856

Quando Adriana levou Jaques de volta à pousada, Estela estava brincando animadamente com Mariza.

Assim que viu quem chegava, Estela ficou paralisada por um instante. Quis correr até Jaques, mas recuou e se escondeu atrás de Mariza, claramente chateada.

Ela levantou os olhos para encarar Adriana.

Adriana logo percebeu que Estela tinha receio de deixá-la triste.

Ela mesma apontou para o homem ao seu lado:

– Pode ir.

Na mesma hora, Estela ficou radiante e correu para Jaques.

Ele a pegou nos braços:

– Sentiu minha falta?

Estela resmungou, sem responder, mas se aninhou no colo dele.

Mariza bateu palmas baixinho, divertida:

– Fiquei até assustada quando Adriana me contou que o Sr. Jaques tinha ido embora.

– Eu realmente precisava ir, mas trouxe as meninas comigo – explicou Jaques.

– Entendi.

Mariza ficou emocionada; justo quando tinha conseguido se aproximar e fazer amigas, já teria que se despedir.

De todas, Estela era a que mais iria sentir falta.

– Estela, seja obediente com sua mãe lá fora. Qualquer coisa, me liga.

– Tá bom – prometeu Estela, balançando a cabeça com seriedade.

A resposta de Jaques foi direta:

– Você vai com a gente.

Mariza mal teve tempo de se entristecer. Surpresa, apontou para si mesma:

– Eu? Eu também? Por quê?

– Você já sabe demais. Se não quiser ter problemas, é melhor vir junto.

– Certo, Sr. Jaques – respondeu Mariza, sem hesitar nem um segundo, concordando com a cabeça feito galinha ciscando milho. – Vou arrumar minhas coisas e deixar vocês à vontade.

Depois que Mariza saiu, Adriana foi até a lojinha resolver algumas pendências. Ainda faltava tempo para acabar o contrato de aluguel, então não podia simplesmente fechar o negócio.

Por isso, escolheu rapidamente um gerente para ajudar na administração.

Quando terminou e voltou para o quarto, encontrou Estela sentada no tapete, encostada em Jaques, lendo um livro ilustrado.

Na verdade, Estela já tinha lido todos aqueles livros, mais de uma vez até, mas fazia questão de pedir para Jaques ler de novo com ela.

Estela ia correndo até ele, mas Adriana apontou para a cama:

– Hora de dormir.

Com a saúde de Estela, ela não podia se cansar demais. O cansaço baixava sua imunidade e logo apareciam várias doenças.

Não era nada muito grave, mas desgastava todo mundo.

Os adultos ficavam exaustos, e a criança também sofria.

Estela fez um biquinho e subiu na cama.

Ela dormia em uma cama acoplada à cama de casal, coberta com um edredom de capivara fofo.

Assim que se deitou, sentiu algo sob o travesseiro.

– Mamãe, o travesseiro! – Estela logo se enfiou no colo de Adriana.

Adriana, querendo acalmá-la para dormir, estendeu a mão e tateou sob o travesseiro.

Acabou puxando um álbum de desenhos.

– É seu álbum, não foi você mesma que deixou aqui e esqueceu?

– Não foi, não fui eu – murmurou Estela, pegando o álbum. Quando abriu, seus olhos se arregalaram. – Mamãe, olha só!