Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 898

Estela não demonstrou o menor medo diante do olhar feroz de Clarice, chegando até a esticar o pescoço para encará-la.

"Eu te conheço.

"Eu? "Clarice arqueou as sobrancelhas e olhou para Adriana. "Pelo jeito, você também fala mal de mim pelas costas.

"Não foi a mamãe que disse, foi o Sr. Alves. "Estela apontou para Clarice, franzindo o rostinho. "Ele disse que eu era tão fofa quanto você quando era criança. Mas eu acho você nada fofa.

O rosto de Clarice ficou rígido; seus dedos se encolheram sobre o lençol.

Estela lambeu o pirulito e continuou: "Não é de se admirar que os outros não gostem de você. A professora disse que as crianças precisam ser amigáveis umas com as outras para serem queridas. Se você não é querida, por que culpa minha mãe?

"Cala a boca! Você acha que por ser criança eu não posso fazer nada? Tem muita gente querendo acabar com você!

De repente, a voz de Clarice ficou estridente.

"Alguém!

Adriana, apressada, pegou Estela no colo e recuou.

Nesse momento, sons estranhos vieram do corredor, mas ninguém entrou.

Clarice, furiosa, gritou: "Todo mundo está morto aí fora? Entrem logo e peguem essa garota!

Ao perceber, Estela gritou: "Papai!

A porta caiu no mesmo instante.

Logo em seguida, um segurança foi arremessado pesadamente contra a porta.

No segundo seguinte, um homem afastou o corpo do segurança com um chute e entrou.

Adriana, surpresa, olhou para Jaques: "Como você sabia que eu estava aqui?

Estela levantou a manga e mostrou o relógio personalizado que Jaques lhe dera, apertou um botão e disse: "Chamando papai!

Jaques conferiu a localização no relógio e respondeu, seco: "Recebido.

Adriana ficou sem palavras.

Agora fazia sentido Estela estar tão tranquila comendo pirulito; já tinha providenciado resgate.

Ignorada, Clarice gritou: "Sr. Jaques! Você não pode fazer isso comigo!

"Seu irmão já me entregou o contrato. Depois de assinado, não há mais nada entre nós.

Jaques lançou um olhar frio para Clarice, sem se deter, e foi direto até Adriana.

Seu olhar percorreu Adriana de cima a baixo, o rosto fechado e sombrio.

"Sr. Jaques! Sr. Jaques! "Clarice gritava.

Ela tentou sair da cama, mas esqueceu que não estava usando a prótese, e caiu no chão.

Apertou os punhos e abaixou a cabeça.

Logo, um par de saltos altos pretos apareceu à sua frente.

A pessoa a ajudou a sentar de volta na cama.

"Tia... "Clarice balbuciou, com a voz embargada.

"Eu te avisei: assinou o contrato, perdeu tudo. Fiquei sabendo que Bernardo já providenciou a coleta dos seus óvulos. Se não quer que seu filho também perca tudo, não amoleça dessa vez.

Enquanto falava, Quezia entregou um documento.

Com os olhos vermelhos, Clarice abriu o envelope com força; dentro, estavam os documentos sobre a condição e cirurgia de Estela.

Quezia murmurou: "Uma criança tão pequena... Se acontecer algo por descuido da Adriana, ninguém vai estranhar, né?

Clarice amassou o papel, um sorriso cruel surgindo nos lábios.

"Qual a graça disso? Assim como deixei a Adriana escapar anos atrás, agora vou fazer ela pagar pessoalmente.