Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 928

Depois que o médico saiu, o silêncio ainda reinava do lado de fora da sala de cirurgia.

Adriana lamentava profundamente pela perda da criança.

Bernardo ficou com o rosto fechado, lançando um olhar furioso para Cesário.

"Senhor, todos viram com os próprios olhos que foram seus homens que tiraram a vida da criança da minha irmã. Se a Família Torres não me der uma explicação, eu não vou deixar isso passar. Mesmo que o caso venha a público, a razão estará do lado da Família Alves!"

O Cesário, tão prepotente há pouco, e os outros anciãos da Família Torres, de repente, ficaram em silêncio.

O senhor cruzou os braços atrás das costas, deu meia-volta e olhou para Jaques.

"O que você acha disso?"

"Já que foi o senhor mesmo que quis o filho, então resolva você," respondeu Jaques, sem emoção.

"Você... você também é da Família Torres," disse o senhor, rangendo os dentes.

Jaques olhou para os outros anciãos: "Vocês também querem que eu resolva?"

Naquele ponto, todos entenderam que só poderiam contar com a relação entre Jaques e Bernardo para resolver aquela questão.

"Jaques, já que esse caso envolve sua falecida esposa, é melhor você mesmo resolver."

"É, essas duas crianças simplesmente não tinham destino com nossa Família Torres."

O olhar de Jaques permaneceu inalterado, como se já esperasse por aquilo.

Ele ironizou, com desprezo: "Então é só isso? Vai ficar por assim mesmo?"

Os outros trocaram olhares com o senhor e, ao perceberem sua expressão, mudaram de atitude imediatamente.

"Essa criança era sangue da Família Alves, só queríamos deixá-la por pena da Clarice. Agora que a criança se foi, o resto deve ser resolvido pela Família Alves."

"Já que não há mais nada a tratar, vamos indo."

Jaques levantou uma sobrancelha friamente: "Uhum."

A grande encenação chegou ao fim, desmoronando como uma piada.

Ao ver todos indo embora, Adriana cerrou os dentes. Só de pensar nas duas crianças perdidas, ficou pálida de raiva.

Bernardo comentou friamente: "Vamos para o quarto conversar."

Adriana se preocupou: "Diretor Alves, você está bem?"

Bernardo suspirou levemente e foi em direção ao quarto do hospital.

Temendo que Bernardo não aguentasse a dor de perder a irmã e o sobrinho de uma só vez, Adriana foi atrás dele imediatamente.

Nem percebeu que o homem atrás deles tinha o rosto tomado por uma expressão sombria.

...

A mulher imediatamente se calou e sentou-se direito.

Adriana, cada vez mais confusa, olhou para os dois homens à sua frente.

"O que está acontecendo aqui?"

Bernardo explicou: "Eu fiquei bem tentado pela sua sugestão no avião, mas Sr. Jaques me alertou em particular que o senhor nunca nos deixaria levar a criança."

"Essa criança provavelmente acabaria sacrificada, então resolvemos jogar conforme o jogo deles."

"Depois, quando você falou sobre a clínica de fitoterapia, confirmou a suspeita do Sr. Jaques: desde o começo, o senhor só queria o filho da Clarice."

Adriana ficou atônita.

Desde o voo de volta para Rivazul?

Ou seja, Jaques já tinha tudo arquitetado desde o início.

Adriana respirou fundo e olhou para a mulher sentada ao lado da cama.

"Mas como vocês tinham certeza que a Clarice escolheria ela?"

Ela se lembrava que Clarice lhe mostrara fotos de várias mulheres.

A mulher levantou o olhar: "O Sr. Jaques disse que, se eu me parecesse com você, mas não tanto assim, a Dona Alves com certeza me escolheria."