Um homem usando um relógio de grife ouvia animado o som dos dados rolando.
De repente, uma mão pousou em seu ombro.
"Romão Morais?"
"Sou eu mesmo, o que foi? Não tá vendo que tô ocupado? Cai fora!"
Apesar de ter pouco mais de vinte anos, o tom dele era cheio de arrogância.
O outro nem se deu ao trabalho de conversar, simplesmente agarrou seu pescoço e o arrastou até o cômodo mais ao fundo.
Ali, só havia uma luminária pendurada do teto.
Abaixo da luz, uma mesa de jogo.
A porta foi aberta com tanta força que a luminária balançou levemente.
O feixe de luz oscilou, revelando do outro lado da mesa um par de mãos brancas e longas, mas o rosto do homem continuava oculto.
Romão nem teve tempo de reagir, o sujeito atrás dele já o forçava a sentar.
Na hora, a imponência do homem à sua frente fez Romão gelar por dentro.
"O que vocês querem? Conheço o dono da banca, cuidado comigo."
O homem apenas deu um sorriso de desprezo. "Que tal apostarmos uma rodada?"
Ao ouvir sobre aposta, Romão se animou na hora — logo reparou no relógio do cara à sua frente.
Parecia algo de valor.
Mesmo sendo um colecionador, Romão não sabia dizer de onde vinha aquele relógio — certamente feito sob medida, peça única.
Ele riu, meio debochado: "Pode apostar comigo, mas aviso que minha aposta é alta."
"Você decide." O homem respondeu, frio como gelo.
"Quero o seu relógio."
"Ok." Ele concordou, voz baixa. "E você, o que aposta?"
Romão franziu a testa, depois caiu na risada.
"Hoje não perco nem ferrando! Pede o que quiser!"
O dia dele estava de sorte, tudo em que apostava, ganhava.
Era como se tivesse ganhado bênção de Iemanjá — impossível segurar tanta sorte.
Na penumbra, o homem sorriu de leve e se inclinou para a luz, revelando olhos negros e frios.
O segurança atrás de Romão já o prensava contra a mesa de jogo.
"Me solta!"
O homem recostou na cadeira, sorrindo de lado: "Aqui, quem perde paga. Tá na hora de acertar a conta."
Romão viu que a coisa ficou séria e se apressou: "É só um relógio, leva! Só me solta!"
"Não foi o relógio que eu quis dizer."
"O que você quer dizer? O que você vai faze... ah!"
Um brilho cortante passou diante dele — o homem ao lado, com jeito de intelectual, não hesitou: com uma faca, decepou o dedo indicador de Romão.
"Da próxima vez, não vai ser só o dedo. Diz pra Lisa resolver direito o que ela mesma arrumou."
O homem olhou para o próprio relógio, acrescentou: "Dou um dia pra ela."
Com isso, saiu tranquilo, ainda atendeu uma ligação no caminho.
"Tô voltando pra casa. Quer comer o quê? Levo algo pra você."
A voz, agora suave e profunda, não lembrava em nada o demônio do carteado de instantes atrás.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Tô amando esse novo jaques....
Amoooooooo de paixão esse livro. Gostaria muito de poder escrever para a autora . É simplesmente perfeito 😍...
Mais mais mais...
Oi bom munto bom...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰...
Mais mais mais mais mais...
Na melhor parte acaba o capítulo...
Boom dia...
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...