Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1013

Todos suspiraram aliviados, seguidos por um som surdo de "BUM", a porta do camarote se fechou, e a mulher que estava ali havia desaparecido.

Num piscar de olhos, um tiro ecoou e um dos homens armados, de rosto bonito, contorceu-se de raiva e berrou:

"Todos os malditos retardados?"

Os subordinados pareciam confusos: "Hein?"

O homem pisoteou o chão, furioso. "Vão atrás dela, seus inúteis!"

Os homens saíram em debandada do camarote.

"Meu deus! É a Selena, mano! A nossa Selena!"

"Sim! É isso mesmo! É isso mesmo!"

...

Enquanto isso, outro homem armado no camarote, com um semblante calmo e implacável, deixou transparecer uma leve sombra de dúvida.

Com toda a tranquilidade, ele se virou para o outro que estava a ponto de explodir e perguntou: "Aquela era a Selena?"

Foi então que Germão Anaya se deu conta de que ainda havia um inimigo no recinto e, apontando a arma para o homem, ameaçou:

"Escuta aqui, a mina é minha. Se tentar alguma coisa com ela, eu acabo com você!"

O homem no sofá apenas deu um riso baixo, girou a pistola em sua mão e a encostou bem onde não devia, em Germão.

Não era uma mira, era um contato real e muito íntimo.

"Vai ficar aí plantado?"

O homem sorriu serenamente, mas sua voz grave era fria como um eco vindo de uma câmara gelada, deixando todos arrepiados.

Os subordinados se tensionaram e, num instante, correram para fora do camarote.

"É a Senhorita Selena!"

"Sim, sim! A mina bomba!"

"Vamos, corre atrás!"

...

Germão ficou tenso e, com um clique, engatilhou a arma.

"Será que estão me subestimando ou me provocando?"

O homem no sofá apenas sorriu, apoiou-se com uma mão nas costas do sofá e com a outra tirou um cigarro do bolso, acendendo-o com um isqueiro. Depois, soltou uma lufada de fumaça, turvando seu rosto imponente.

Ele parecia completamente indiferente ao perigo que rondava sua própria pele.

"Senhor Anaya, ao invés de se preocupar comigo, que nem sequer vi a cara da Senhorita Morales, seria mais esperto se preocupar com o homem que vive sob o mesmo teto que ela, dorme na mesma cama e está prestes a se noivar."

Germão encarou-o com um olhar feroz. "Menos conversa fiada, seu rival. Vou acabar com isso de uma vez por todas. Como é que você pode competir comigo sem nem ter visto a cara dela?"

Parecia que quanto mais Germão falava, mais irritado ficava, até que a raiva transpareceu em suas palavras.

O homem apenas sorriu. "Quem me deu essa chance não foi você?"

Germão ficou sem resposta.

...

Quando David voltou, não encontrou Selena no camarote. Depois de perguntar, Petrona disse com hesitação que ela tinha ido pegar um salgadinho apimentado porque perdeu um jogo. A expressão de David escureceu na hora, e ele se virou para procurá-la. Assim que abriu a porta do camarote, uma silhueta familiar passou correndo por ele.

Talvez fosse só uma olhada rápida, mas logo ela retrocedeu dois passos, agarrou a mão dele e os dois saíram correndo.

"Corre!"

David, vendo um bando de gente quase entupindo o corredor, franziu a testa preocupado.

"Selena, espera! Espera a gente!"

"Sou o AA!"

"Sou o BB!"

"Sou o CC!"

"Sou o DD!"

Mas assim que entraram e iam começar a descer, David tomou a dianteira, puxou Selena com mais força e a levou escada acima.

Selena se tocou rapidamente e seguiu David para o andar superior, logo ouviram o som de passos apressados invadindo a escada.

Sem perder tempo, o grupo foi em direção ao andar de baixo.

Encostada na parede, Selena segurava firme a camisa de David, ofegante.

"O que tá acontecendo?" perguntou David, apoiando a mão na parede ao lado de Selena, olhando para ela com preocupação.

Selena fechou os olhos e não pôde deixar de sentir uma irritação danada.

Havia voltado há vários dias, não havia nenhuma notícia de Germão, muito menos qualquer sinal de que ele estivesse procurando por ela.

Ela pensou que ele já a teria esquecido, seguindo para outros lugares para viver aventuras.

Mas não, ele ainda estava na Cidade P.

Ele não a procurava, e hoje, ironicamente, ela que havia aparecido na sua frente.

Olhando para David com uma expressão complicada, ela disse: "É... aquele homem que eu lhe falei, que eu salvei uma vez."

David não mostrou surpresa, como se já esperasse por essa resposta.

"E quanto à outro grupo de pessoas que o perseguem?"

Ele ouvira bem: os que usavam salgadinhos como isca não eram os mesmos que estavam na frente.

Selena franziu a testa, "Não conheço."

David estreitou os olhos, pensando no que José havia lhe dito antes.

Duas forças estavam sondando o paradeiro de Selena na Cidade P. Será que os grupos desta noite eram esses dois?

Mas por que apareceram juntos nesta noite?

Com os lábios apertados e sobrancelhas cerradas, um brilho gélido cruzou o olhar de David.

Não demorou muito até que David e Selena saíram da escadaria e voltaram para o camarote.